terça-feira, 26 de maio de 2009

A nossa língua viajando...

O ensino da língua portuguesa será opção no ensino oficial a partir do próximo ano letivo, afirmou, em Caracas, o vice-chanceler luso Antonio Braga.

Em diversas oportunidades, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, manifestou interesse em que a língua portuguesa fosse incluída no sistema oficial venezuelano. O idioma português chegou a aparecer como uma opção para o corrente ano letivo no "curriculum bolivariano" que não foi aplicado na prática.

"Há uma iniciativa do Ministério de Educação, na Venezuela, e das universidades, portanto um processo que corre os seus termos normalmente", disse Braga.

Preocupações

As declarações do vice-ministro luso das Relações Exteriores foram feitas no final de uma reunião com professores de português na Venezuela.

"Há uma nova ambição em fazer projetar, aqui na Venezuela, uma rede de ensino que responda à procura da comunidade portuguesa e também à necessidade de formação de professores. O português será, a partir do próximo ano, uma língua de opção no sistema educativo", ressaltou.

"Uma das matérias que mais preocupa os professores é a questão dos manuais escolares, pela dificuldade em adquiri-los, pela dificuldade em poder proporcionar uma aprendizagem com repercussão direta", acrescentou.

Sobre os manuais, disse que este é um assunto que será tratado por uma "delegação do Instituto Camões, a embaixada e os consulados", que ficam responsáveis por "encontrar uma solução tendo em vista também as dificuldades do câmbio".

Questionado sobre a importância do Brasil na América Latina e no ensino do português, Antonio Braga ressaltou que "o Brasil tem igualmente a mesma responsabilidade que Portugal em defender a língua portuguesa".

"Evidentemente que, aqui na Venezuela, Portugal sente essa responsabilidade muito forte, uma vez que temos aqui uma comunidade portuguesa extraordinariamente numerosa e qualificada", afirmou.

(Fonte:Folha Online)

Língua Viva.


A LINGUA VIVA



Na definição de nação o aspecto “Linguagem” tem posição fundamental: caracterizando e dando base para a unidade de um povo de um lugar, a Língua é a base da Cultura. Por isso mesmo torna-se instrumento de uma política colonialista, desenvolvida hoje pelo imperialismo estadunidense, de forma semelhante a como foi utilizada no Império Romano. Da mesma forma as lutas sociais libertárias tem encontrado nas línguas nacionais uma certa medida de dificuldade para implementação de um internacionalismo de baixo para cima. Iniciativas como o desenvolvimento de uma Língua Universal, como foi a proposta do Esperanto, buscavam superar essa dificuldade. Da mesma forma como através de uma linguagem universalmente aceita, e não imposta pela força militar ou econômica, se criaria uma trincheira cultural anti-imperialista. O problema é uma certa artificialidade, que dificulta sua ampla difusão, já que o importante é que seja uma língua das ruas, que esteja na boca do povo – como uma língua viva.

Nova Lei da Leitura e da Literatura. Você já sabia?

LEI N.º 11899, DE 8 DE JANEIRO DE 2009.

Institui o Dia Nacional da Leitura e a Semana Nacional da Leitura e da Literatura.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1.º São instituídos o Dia Nacional da Leitura e a Semana Nacional da Leitura e da Literatura, a serem anualmente celebrados, em todo o território nacional.

§ 1.º O Dia Nacional da Leitura será comemorado em 12 de outubro.

§ 2.º A Semana Nacional da Leitura e da Literatura será aquela em que recair o Dia Nacional da Leitura, nos termos do § 1o deste artigo.

Art. 2.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 8 de janeiro de 2009; 188.º da Independência e 121.º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Roberto Gomes do Nascimento

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O que você entende?



Podemos observar nestes quadrinhos uma linguagem diferenciada, nos quais temos um texto que também nos emite uma mensagem, com o auxílio das imagens, e essas até "falam" mais que as palavras. Daí partiu da questão que a língua tem vida por não ser estaguinada, restrita a uma única forma, pois até o pensamento, sabemos desenvolve-se em uma língua, a língua nativa do indivíduo.

Deixe sua reflexão e/ ou observação sobre esta postagem!

Língua falada e língua escrita.

Para o estudo lingüístico, a comunicação verbal é anterior à escrita, sendo assim, a fala é basilar na linguagem, a primeira etapa desta.Pode-se dizer que a escrita é totalmente secundária à fala, então porque os estudos científicos enfatizam a comunicação escrita?

Podemos afirmar que a língua falada é inegavelmente mais variável e variada do que a escrita, pois esta se limita às formas, normas e regras das gramáticas, assim tornam-se menos trabalhosos seus estudos já que sua estrutura é baseada no que produzem os falantes da língua. Para Chomsky, a criatividade humana para a linguagem é surpreendente, sendo a gramática uma ferramenta de reflexão da capacidade que tem todos quanto falam fluentemente uma língua, produzindo e compreendendo sentenças que não ouviram anteriormente. Desta forma a teoria lingüística preocupa-se com a justificação das gramáticas e não desvalorizando sua importância. Mesmo assim o lingüista afirma que as gramáticas têm um estado finito, mas estas são capazes de gerar infinito conjunto de sentenças, por meio de um número finito de regras recursivas, operando sobre um vocabulário finito. Por esses e outros argumentos que a língua tem sido estudada em todas as suas possibilidades.

É possível perceber que a língua tem suas formas criadas por nós mesmos. Usamos necessariamente a língua padronizando ao estilo culto, em particular quando escrita, é tradicional, de certo modo uma língua especial, porém segundo Celso Cunha escreve que se esta se afasta da língua viva, a usada para comunicação verbal, se não se renova com as criações do falar corrente, não teria utilidade a normalização ou estilização, pois assim atinge diretamente seu funcionamento ficando estratificada, seguindo para a morte “letárgica” do idioma. Entretanto os brasileiros podem usufruir o direito de aumentar e enriquecer a língua portuguesa e de acomodá-la às suas necessidades, adaptando-as para a contínua melhoria da comunicação, sendo lexical ou sintaticamente, para expressar hoje as idéias do século, os sentimentos desta civilização, criando assim novo jeito às frases de antigamente. Para isso o importante pólo da variedade, que corresponde à expressão individual, é indispensável para que tenhamos garantia da intercompreesão, pois a linguagem expressa também o ambiente social e nacional, obedecendo a uma norma que é simultaneamente histórica e sincrônica.

A língua portuguesa falada no Brasil possui variedades lingüísticas bem interessantes, que afetam questões fonéticas e semânticas. Principalmente as diferenças entre cidades de um mesmo estado brasileiro, são impressionantes. Como a pronúncia de diversas palavras proferidas em Campos dos Goitacazes, por exemplo, que é uma cidade do estado do Rio de Janeiro, seus habitantes têm um modo de falar totalmente diferente dos habitantes da cidade Rio de Janeiro, a pronúncia o “s” é bem diferente, os campistas se aproximam foneticamente dos mineiros, o jeito de se expressarem, de dizerem as frases, palavras homógrafas com significados diferentes nas regiões, por aí vemos como a comunicação se faz viva pelos falantes, estes a fazem em concordância com suas realidades e necessidades, isso sem adentrarmos em tais diferenças.

Observando essas idéias, podemos afirmar que a língua falada e a língua escrita são instrumentos de nossa comunidade linguística, do nosso idioma, a língua portuguesa que é o código maior com outros subcódigos na comunicação recíproca, se compondo de vários sistemas simultâneos, estes por sua vez com funções diferentes e de mesma importância. Língua falada, escrita, são sistemas, formas ideais de realização para cada indivíduo, admitindo variadas normas dentro da realidade de vida dos mesmos. Contudo a língua falada é a precursora do sistema lingüístico de qualquer língua, antecedendo a escrita, sendo esta sucessora, porém não de menor ou maior importância, ambas representantes da comunicação e identidade humana de uma sociedade. Lembrando também que a lingüística procura justificar a escrita através da linguagem, atribuindo um valor a língua falada que não se atribuía nos estudos de âmbito lingüístico. Assim sendo, a linguística acopla o estudo de outro sistema lingüístico, enriquecendo, agregando outro “olhar” para o conjunto de sistemas da língua, que fora limitado aos estudos, durante muitos anos a um único sistema: a língua escrita, já não era hora da oralidade ser minuciosamente "olhada".

Luana Abali.