quarta-feira, 24 de junho de 2009

EXEMPLO PARA OUTROS ESTADOS BRASILEIROS!

24/06/2009 - 08h50

São Paulo aprova leis para diminuir professores temporários
FÁBIO TAKAHASHI

da Folha de S.Paulo


O governo de São Paulo aprovou ontem (23) na Assembleia Legislativa pacote de medidas que visa diminuir o número de professores temporários na rede --80 mil, que representam 40% do total-- e que limita o período de trabalho dos docentes não concursados a serem contratados a partir de agora.

As propostas do governador José Serra (PSDB) criam 80 mil cargos e fixa o prazo de dois anos para atuação de temporários (hoje não há limite). Após o período, o docente ficará ao menos um ano fora da rede.

Os atuais não concursados terão de fazer prova. Os reprovados irão para ações de apoio (salas de leitura, por exemplo).

As bancadas do PT, PSOL e PC do B criticaram principalmente a proposta de limitação de prazo para os temporários, por entender que a prática agora ficou "oficializada".

O próprio governo admite que o número de temporários prejudica o ensino, pois os temporários não passaram por seleção e não têm estabilidade.

A criação de cargos, diz o Executivo, permitirá que haja uma forte redução no número de temporários. A abertura de cargos é apenas uma autorização para concursos públicos.

O primeiro exame deverá ser feito neste ano, com cerca de dez mil vagas. Segundo a lei sancionada ontem, os aprovados terão de passar agora por um curso e uma nova prova antes de entrar em sala de aula.

O governo diz, porém, que sempre será necessário a existência de temporários na rede, para substituição em ocasiões específicas --não como política permanente, como ocorre hoje.

Para evitar que os temporários sigam na rede indefinidamente (alguns se aposentam nessa condição), o governo limitou a permanência deles. As medidas ainda precisam ser sancionadas por Serra.

Críticas

"O projeto legaliza a rotatividade [de professores]", afirmou o deputado Carlos Giannazi (PSOL), sobre a proposta de limitação dos temporários.

"O adequado seria fazer concurso público periódico", disse o deputado Roberto Felício (PT). "Além disso, imagina colocar professores em 'quarentena', em uma área que há falta de mão-de-obra. É um projeto burro, que vai condenar as crianças a ficarem sem aulas."


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quarta-feira, 17 de junho de 2009

O QUE MUDA COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO?

As novas regras da língua portuguesa devem começar a ser implementadas em 2008. Mudanças incluem fim do trema e devem mudar entre 0,5% e 2% do vocabulário brasileiro. Veja abaixo quais são as mudanças.

HÍFEN

Não se usará mais:

1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"

2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"

TREMA: Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados

ACENTO DIFERENCIAL

Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)

ALFABETO:
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"

ACENTO CIRCUNFLEXO

Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"

ACENTO AGUDO

Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem

GRAFIA

No português lusitano:

1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"

Brasil deve fazer mais pelo Português

Jornal do Brasil - Cultura - Agualusa afirma que Brasil deve fazer mais pelo português

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sexta-feira, 12 de junho de 2009

"Vale a pena aprender gramática?"

Alguns professores afirmam que os alunos não gostam e não querem
aprender teoria gramatical. Nossa hipótese é que a idéia de que: “alunos não
consideram importante a teoria gramatical” não corresponde à verdade.

Saber o que pensam os alunos do ensino médio sobre o ensino da
língua portuguesa, a fim de verificar a importância dos conteúdos gramaticais
na vida prática destes jovens, pareceu-nos importante, uma vez que, como
educadores, estamos preocupados com a formação integral do aluno. E as
aulas de língua portuguesa muito contribuem para esta formação. Como bem
nos mostra Bechara (2005, p. 24):

... não é só através da aula de língua portuguesa que o aluno
chegará a esta cultura integral; todas as matérias que lhe são
ministradas concorrem para esse objetivo maior. Mas acreditamos
que é na aula de língua portuguesa que se abre maior espaço para
tais oportunidades. Ao entrar no mundo maravilhoso das informações
que veiculam os textos literários e não-literários, modernos e antigos,
terá o professor de língua materna a ocasião propícia para abrir os
limites de uma educação especificamente lingüística.


Sabemos que estes alunos do ensino médio não são especialistas da
língua, e talvez se torne difícil para eles opinar a respeito de um assunto tão
complexo; porém, somos conscientes também de que eles já atingiram certo
grau de maturidade, que os torna capazes de saber o que é útil ou inútil para
eles.

A gramática liga-se sempre à consciência do locutor. Auroux (1992)
divide o saber metalingüístico em três domínios: o primeiro domínio é o da
enunciação: o locutor tem que tornar sua fala adequada a uma determinada
realidade, como convencer alguém, representar o real, etc.; o segundo é o
domínio das línguas: compreensão da língua seja materna ou não; o terceiro é
domínio da escrita: capacidade de dominar técnicas e práticas codificadas.

Espontaneamente, aprendemos a falar nossa língua quotidiana,
falando. Mas há uma coisa que parece segura: que desde que exista
um sistema de escrita, para utilizá-lo é preciso aprendê-lo de modo
especial (AUROUX, 1992, p.25)


Segundo Auroux (1992)"A gramática, propriamente dita, só nasce mais
tarde, dois séculos antes da era Cristã, na atmosfera filológica da Escola de
Alexandria” Os gregos foram os primeiros que se dedicaram aos estudos
gramaticais.

Fonte: MONTEMÓR, Hilda Aparecida de Souza Melo. Vale a pena aprender gramática?: Representações de alunos da rede particular e da rede pública de ensino. Taubaté: Universidade de Taubaté, 2008.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Língua Portuguesa

Disse Evanildo Bechara em uma entrevista ao Jornal do Brasil, que o grande juiz da Linguagem é o uso. Então para o acompanhamento de tais usos da Linguagem temos os estudos lingüísticos. A Linguagem é considerada pelo gramático um instrumento de três pés. O primeiro pé: cultura, o segundo Língua e o terceiro é o texto. Para que a Linguagem seja bem utilizada implica-se conhecer o assunto a se falar, conhecer a Língua, para apresentar seu conhecimento sobre ele de modo linguisticamente adequado, e dominar a estrutura do texto, ou seja, é importantíssimo conhecer as três bases da Linguagem, pois privilegiar apenas uma delas não garante que o indivíduo saberá falar ou escrever.

A Lingüística pode agregar informações, conhecimentos inerentes à Língua, mesmo porque ela estuda suas variações, principalmente na oralidade, e à medida que os educandos forem descentralizando seus estudos em regras e normas apenas, e sim focarem de fato a Língua, em conjunto com suas normas e variações, poderão entender mais e melhor o funcionamento das unidades gramaticais.

Bechara ainda afirma que “o falante é que é pobre ou rico no uso que sabe fazer da Língua". Para o gramático a Língua não empobreceu sim a potencialidade dos falantes de Língua Portuguesa no Brasil, segundo ele o ideal seria transformar o falante em um poliglota dentro da própria Língua, habilitando-o a se expressar no maior número de possibilidades que esta apresenta.

Você conconda com isso?

Luana Abali

terça-feira, 2 de junho de 2009

A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE

" A rigor a linguagem escrita não passa de um sucedâneo, de um ersatz da fala. Esta é que abrange a comunicação lingüística em sua totalidade, pressupondo, além da significação dos vocábulos e das frases, o timbre da voz, a entonação, os elementos subsidiários da mímica, incluindo-se aí o jogo fisionômico. Por isso, para bem se compreender a natureza e o funcionamento da linguagem oral e examinar em seguida a escrita como uma espécie de linguagem mutilada, cuja eficiência depende da maneira por que conseguimos obviar à falta inevitável de determinados elementos expressivos." (CÂMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral e escrita. Petrópolis: Vozes, 1986)


De acordo com Mattoso Câmara, o tom de voz, os gestos, a mímica do indivíduo falante são partes fundamentais na Linguagem, pois complementam o que este quer expressar em sua comunicação, e ainda afirma também que a escrita sucede à fala, conforme abordado. Segundo o autor, esses recursos expressivos colaboram para a valorização de determinadas palavras, deixando-as mais precisas, indiciando o receptor a como receber do expositor, de forma a revelar uma gama de sentimentos deste em referência ao que diz. Sendo de tal importância na Linguagem que, na língua escrita, onde eles não podem figurar, temos de recriá-los na leitura mesmo mental, para podermos apreciar e até compreender o texto. Como a leitura em voz alta na escola, usada geralmente no ensino fundamental, que tem principalmente como finalidade dar-nos a capacidade de espontaneamente emprestar o tom adequado às palavras escritas que temos diante de nós e sem o qual elas ficam, de acordo com Mattoso Câmara, mutiladas.

Outro exemplo, e este contemporâneo são as aulas “on-line”, disciplinas trabalhadas através da internet. Quem imaginava vinte anos atrás que isso seria possível? Hoje é real, mas se perguntarmos aos alunos e professores, com certeza dirão que é uma grande diferença uma aula toda lida apenas pelos alunos, e escrita pelos professores, o relacionamento do ensino aprendizagem fica virtual também, e toda a composição de um docente ao explicar oralmente seu conteúdo e o aprendiz ouvir e ver toda a expressão do professor e esse a do aluno, mutilando o relacionamento real de professor aluno, concordando com Mattoso. Então a oralidade não é importante?

O que você tem a dizer?

Luana Abali

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Lei de tradução da língua

Nada de "sale", "off" ou "delivery". Desde ontem, as peças publicitárias no Rio só podem usar palavras estrangeiras se tiverem a tradução --"liquidação", "desconto" e "entrega em domicílio", respectivamente, nos exemplos citados--, em letras do mesmo tamanho.

Quem desrespeitar a lei estará sujeito a uma multa de R$ 5.000. Na primeira reincidência, o valor será dobrado; na segunda, o alvará da empresa será suspenso.

Rafael Hupsel/Folha Imagem

Lei sancionada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), obriga tradução de palavras estrangeiras em publicidade
O vereador Roberto Monteiro (PC do B) propôs a lei em 2007. Aprovada em abril passado, foi sancionada anteontem pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB).

O vereador afirma que quis "preservar a cultura do país e facilitar a compreensão das propagandas por quem não conhece outros idiomas além do português".

Segundo o vereador, a fiscalização deverá ser definida pela prefeitura. Procurada pela Folha, a assessoria do prefeito não se manifestou.

Para Flávio Medeiros, presidente do Clube de Criação do Rio, que reúne profissionais da publicidade, a lei é "conservadora". "Mas não é isso que vai tornar as peças publicitárias menos criativas."

(Fonte: Folha Online)