quarta-feira, 15 de abril de 2009
"O que quer, o que pode esta língua?"
"O que quer, o que pode esta língua?"
A língua, especificamente a Língua Portuguesa, tem sua história pautada em conquistas e fragmentação, pois foi herança do latim propagado por Roma em suas conquistas territoriais e por serem em demasia, não fora possível a Roma conter tantos povos sob sua liderança. Vários países conseguiram se libertar, mas claro, não mais os mesmos, depois de “colonizados”, retendo um pouco da cultura do colonizador. De certo após várias línguas neolatinas no processo de fragmentação do poder romano, quase no fim dos surgimentos, a Língua Portuguesa passa a existir.
O poder que há na língua é notório, pois todas as conquistas históricas, imposição cultural é a partir dela. Sem a língua não poderiam os Portugueses aculturar os índios, os africanos, nem os ingleses poderiam ter explorado tanto países africanos. Através da língua nações perderam suas identidades, suas origens, por isso já se pode perceber a capacidade que há no uso da língua, mas será que apenas para isso a língua tem poder?
Justamente desse questionamento pode-se pensar num antigo ditado popular: “Querer é poder”, se analisarmos o querer vem antes do poder, logo se conclui que para existir a possibilidade de chegar a um objetivo, sentimos primeiro o desejo de possuí-lo, e é um raciocínio lógico. Os portugueses quiseram encontrar e conquistar novas terras e povos, enriquecer, assim também vários outros países, França, Inglaterra, Holanda, etc. Quiseram e puderam, fizeram aquilo que almejavam. Contudo, quem determina o querer para o poder de uma língua, de uma nação, é a própria nação, povo, ou ainda, a liderança destes. No contexto social de hoje, século 21, o que quer o povo, geralmente não se quer a liderança, os representantes desse povo, seus interesses são diferentes ou iguais, pensam em seu bem estar, deixando a solidariedade fora deste processo.
A língua faz parte da identidade de uma sociedade, pois através dela existe uma melhor comunicação e transmissão de pensamentos e idéias que podem chegar ao lugar que se projeta como alvo. Sabemos que o que pode esta língua, é o que “ela” quer na verdade, a língua propriamente não, mas quem é representado por ela, pode aquilo que lhe é desejado, a meta a ser buscada, e essa não é construída sozinha, necessita de quem faz uso desta língua portuguesa, venha saber usá-la para que este poder possa contribuir para o fim se quer para a mesma.
Luana Abali
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