Por Karina Bottino
Foi aprovado na noite desta terça-feira (15/12), em discussão única na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o projeto de lei 2.776/09, que cria o Plano Estadual de Educação (PEE/RJ). O documento faz um diagnóstico da Educação no estado do Rio e traça mais de 100 metas para o setor nos próximos 10 anos. O teor do plano vinha sendo discutido desde 2007 por educadores e membros da sociedade civil, através de fóruns regionais e do Congresso Estadual de Educação, realizado no fim daquele ano. O texto será enviado ao governador Sérgio Cabral, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar a proposta.
Representando a secretária de estado de Educação, Tereza Porto, a subsecretária de Gestão da Rede e de Ensino, Teca Pontual, comemorou:
- Hoje é um dia muito importante. Este é o primeiro plano de educação do estado do Rio. O documento é um norte para toda a política educacional daqui para frente e vai facilitar a condução dos projetos pela Secretaria de Educação. Cada área do órgão central ficará responsável pelo planejamento de determinadas ações – explicou Teca.
O presidente da comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Comte Bittencourt (PPS), destacou que "a aprovação marca a criação de uma política de Estado".
O projeto é resultado de uma ação conjunta entre Poder Executivo, Legislativo e a sociedade, e permitirá, agora ou daqui a 10 anos, a cobrança das medidas estabelecidas. Ele inicia uma nova etapa na educação pública do estado. Estamos aqui apontando um caminho, independentemente dos governos que virão – considerou.
Estiveram presentes na votação as educadoras Janaína Menezes, Maria Celi Vasconcelos e Berta do Vale, além da presidente da União dos Professores Públicos do Estado (UPPES), Teresinha Machado.
O plano abrange a Educação nos diferentes níveis: Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Jovens e Adultos (EJA), a Distância e Tecnologias Educacionais, Especial, Indígena, Afro-Brasileira, Medidas Socioeducativas, Prisional, Profissional, Superior e também a Formação e Valorização dos Profissionais e o Financiamento da Educação.
Entre as metas estão, por exemplo: assegurar, em regime de colaboração com os municípios, no prazo de cinco anos, a universalização do atendimento à demanda da pré-escola (4 e 5 anos) e o crescimento da oferta de vagas em creches (0 a 3 anos); garantir, em dez anos, a oferta gradativa, na ordem de 10% a cada ano, do atendimento em tempo integral dos anos finais do Ensino Fundamental; implantar, em dez anos, o tempo integral no Ensino Médio em 10% das escolas da rede estadual, priorizando áreas com jovens em situação de risco, entre outras diretrizes.
Fonte:http://www.educacao.rj.gov.br
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Professoras inovam para manter os alunos motivados
Projetos provocam mudanças nos alunos
Por inspiração do marido, que é carteiro no município de Bariri (SP), a professora Meire Canal, que leciona língua portuguesa na Escola Estadual Professora Ephigênia Cardoso Machado Fortunato, criou o projeto De Carta em Carta, Encontrando o Caminho, em que seus alunos trocam correspondência com outros estudantes do país.
A professora mantém o clube de correspondência desde 2005, mas foi premiada, em 2009, por promover a troca de cartas de seus alunos do 8º e do 9º ano do ensino fundamental com estudantes da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
A professora conta com entusiasmo que a proposta de trocar cartas com crianças da Apae surgiu de seus próprios alunos, que conheceram seus futuros correspondentes durante um jogo de futebol organizado pela Escola Professora Ephigênia. Segundo Meire, o desenvolvimento desse projeto incentivou seus alunos nos estudos e os tornou mais sensíveis. “Hoje em dia eles enxergam as pessoas com necessidades especiais de outra maneira”, avalia.
Ao longo do ano, os estudantes trocaram por volta de oito cartas. O assunto abordado é livre, o que estimula a curiosidade e o aprendizado dos estudantes. Aproveitando os textos criados pelos alunos, a professora monta sua aula de português. “Desse jeito, as crianças têm mais vontade de aprender”, acredita.
Meire confessa que estava ficando desanimada com o projeto, devido às dificuldades encontradas e à falta de apoio, mas o fato de ter sido uma das premiadas na Quarta Edição do Professores do Brasil a motivou. “Essa avaliação significa que estou no caminho certo. É muito bom ser reconhecida por aquilo que fazemos”.
Com o projeto A Contribuição dos Jogos no Ensino da Matemática, também voltado para alunos que estão terminando o ensino fundamental, a professora Íris Maciel, de Macapá (AP), mudou o ensino da matemática na escola onde leciona. “Além de estimular a imaginação e a interação, a criação dos jogos facilitou a compreensão da matéria”, justifica a professora, que leciona na Escola Estadual Ruth de Almeida.
A escola organiza o projeto de temas matemáticos, a partir deste ano. O objetivo é que os próprios alunos confeccionem os jogos, que abordam conteúdos como números decimais e as quatro operações fundamentais: adição, subtração, multiplicação e divisão. De acordo com Íris, a forma permite que eles fixem melhor a matemática”.
(Assessoria de Comunicação da Seed/MEC)
Por inspiração do marido, que é carteiro no município de Bariri (SP), a professora Meire Canal, que leciona língua portuguesa na Escola Estadual Professora Ephigênia Cardoso Machado Fortunato, criou o projeto De Carta em Carta, Encontrando o Caminho, em que seus alunos trocam correspondência com outros estudantes do país.
A professora mantém o clube de correspondência desde 2005, mas foi premiada, em 2009, por promover a troca de cartas de seus alunos do 8º e do 9º ano do ensino fundamental com estudantes da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
A professora conta com entusiasmo que a proposta de trocar cartas com crianças da Apae surgiu de seus próprios alunos, que conheceram seus futuros correspondentes durante um jogo de futebol organizado pela Escola Professora Ephigênia. Segundo Meire, o desenvolvimento desse projeto incentivou seus alunos nos estudos e os tornou mais sensíveis. “Hoje em dia eles enxergam as pessoas com necessidades especiais de outra maneira”, avalia.
Ao longo do ano, os estudantes trocaram por volta de oito cartas. O assunto abordado é livre, o que estimula a curiosidade e o aprendizado dos estudantes. Aproveitando os textos criados pelos alunos, a professora monta sua aula de português. “Desse jeito, as crianças têm mais vontade de aprender”, acredita.
Meire confessa que estava ficando desanimada com o projeto, devido às dificuldades encontradas e à falta de apoio, mas o fato de ter sido uma das premiadas na Quarta Edição do Professores do Brasil a motivou. “Essa avaliação significa que estou no caminho certo. É muito bom ser reconhecida por aquilo que fazemos”.
Com o projeto A Contribuição dos Jogos no Ensino da Matemática, também voltado para alunos que estão terminando o ensino fundamental, a professora Íris Maciel, de Macapá (AP), mudou o ensino da matemática na escola onde leciona. “Além de estimular a imaginação e a interação, a criação dos jogos facilitou a compreensão da matéria”, justifica a professora, que leciona na Escola Estadual Ruth de Almeida.
A escola organiza o projeto de temas matemáticos, a partir deste ano. O objetivo é que os próprios alunos confeccionem os jogos, que abordam conteúdos como números decimais e as quatro operações fundamentais: adição, subtração, multiplicação e divisão. De acordo com Íris, a forma permite que eles fixem melhor a matemática”.
(Assessoria de Comunicação da Seed/MEC)
Computador nas salas de aula
A partir de abril, 108 mil estudantes de unidades em áreas de conflito, as Escolas do Amanhã, usarão laptops para exercícios de Português e Matemática. Prefeitura do Rio oferecerá, inicialmente, um notebook para cada dois alunos
POR CHRISTINA NASCIMENTO
Rio - A partir de abril, os alunos das Escolas do Amanhã, localizadas em áreas de conflito, vão começar a usar laptops nas salas de aula. Os computadores vão auxiliar os estudantes nos exercícios de Português e Matemática e, futuramente, serão também a ferramenta para aplicação de provas. O primeiro lote de equipamentos já foi licitado pela prefeitura.
A expectativa da Secretaria Municipal de Educação é de que, até o fim do primeiro semestre, as 150 unidades que estão em locais conflagrados da cidade estejam informatizadas. No início, será um computador para cada dois colegas.
“O computador vai ser usado na sala, e não só no laboratório de Informática. O ideal seria que a gente tivesse um laptop para cada aluno, mas inicialmente não vai ser possível. Quem sabe em alguns anos?”, diz a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin.
Ela explicou que os exercícios serão corrigidos por um programa, que vai mostrar qual foi o erro dos alunos e qual seria a resposta correta.O gabarito online poderá ser impresso e guardado pelo professor. Atualmente, as unidades de áreas de risco somam 108 mil alunos. Eles são de 73 comunidades, em 63 bairros.
De modo geral, as Escolas do Amanhã apresentaram melhor rendimento nas provas do 4º bimestre, em comparação com o anterior. O maior salto de desempenho aconteceu nas turmas do 9º ano, que passaram de 4,2 na média geral do 3º bimestre — considerando Português e Matemática —, para 5,3 no 4º bimestre. A mudança representou um crescimento de 26,1%.
Em segundo lugar, aparece a 8ª série, que aumentou o desempenho de 3,9 para 4,9, o que significa um salto de 25,5% no rendimento dos estudantes. As turmas do 3º ano das Escolas da Amanhã foram as que tiveram menor índice de crescimento na média geral, considerando os dois últimos bimestres do ano.
Elas passaram da nota 6,5 para 6,6, ou seja, só 1,5% de melhora. A secretária admitiu que ainda há muito o que ser feito nas unidades de conflito e que uma das grandes mudanças esperadas para o ano que vem é maior participação dos pais na vida escolar dos filhos. “O número de evasão nesses colégios ainda é o dobro do restante da rede. Temos uma missão pela frente”, afirma Cláudia.
FONTE: JORNAL O DIA ONLINE. 20/12/2009
POR CHRISTINA NASCIMENTO
Rio - A partir de abril, os alunos das Escolas do Amanhã, localizadas em áreas de conflito, vão começar a usar laptops nas salas de aula. Os computadores vão auxiliar os estudantes nos exercícios de Português e Matemática e, futuramente, serão também a ferramenta para aplicação de provas. O primeiro lote de equipamentos já foi licitado pela prefeitura.
A expectativa da Secretaria Municipal de Educação é de que, até o fim do primeiro semestre, as 150 unidades que estão em locais conflagrados da cidade estejam informatizadas. No início, será um computador para cada dois colegas.
“O computador vai ser usado na sala, e não só no laboratório de Informática. O ideal seria que a gente tivesse um laptop para cada aluno, mas inicialmente não vai ser possível. Quem sabe em alguns anos?”, diz a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin.
Ela explicou que os exercícios serão corrigidos por um programa, que vai mostrar qual foi o erro dos alunos e qual seria a resposta correta.O gabarito online poderá ser impresso e guardado pelo professor. Atualmente, as unidades de áreas de risco somam 108 mil alunos. Eles são de 73 comunidades, em 63 bairros.
De modo geral, as Escolas do Amanhã apresentaram melhor rendimento nas provas do 4º bimestre, em comparação com o anterior. O maior salto de desempenho aconteceu nas turmas do 9º ano, que passaram de 4,2 na média geral do 3º bimestre — considerando Português e Matemática —, para 5,3 no 4º bimestre. A mudança representou um crescimento de 26,1%.
Em segundo lugar, aparece a 8ª série, que aumentou o desempenho de 3,9 para 4,9, o que significa um salto de 25,5% no rendimento dos estudantes. As turmas do 3º ano das Escolas da Amanhã foram as que tiveram menor índice de crescimento na média geral, considerando os dois últimos bimestres do ano.
Elas passaram da nota 6,5 para 6,6, ou seja, só 1,5% de melhora. A secretária admitiu que ainda há muito o que ser feito nas unidades de conflito e que uma das grandes mudanças esperadas para o ano que vem é maior participação dos pais na vida escolar dos filhos. “O número de evasão nesses colégios ainda é o dobro do restante da rede. Temos uma missão pela frente”, afirma Cláudia.
FONTE: JORNAL O DIA ONLINE. 20/12/2009
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