Por Karina Bottino
Foi aprovado na noite desta terça-feira (15/12), em discussão única na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o projeto de lei 2.776/09, que cria o Plano Estadual de Educação (PEE/RJ). O documento faz um diagnóstico da Educação no estado do Rio e traça mais de 100 metas para o setor nos próximos 10 anos. O teor do plano vinha sendo discutido desde 2007 por educadores e membros da sociedade civil, através de fóruns regionais e do Congresso Estadual de Educação, realizado no fim daquele ano. O texto será enviado ao governador Sérgio Cabral, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar a proposta.
Representando a secretária de estado de Educação, Tereza Porto, a subsecretária de Gestão da Rede e de Ensino, Teca Pontual, comemorou:
- Hoje é um dia muito importante. Este é o primeiro plano de educação do estado do Rio. O documento é um norte para toda a política educacional daqui para frente e vai facilitar a condução dos projetos pela Secretaria de Educação. Cada área do órgão central ficará responsável pelo planejamento de determinadas ações – explicou Teca.
O presidente da comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Comte Bittencourt (PPS), destacou que "a aprovação marca a criação de uma política de Estado".
O projeto é resultado de uma ação conjunta entre Poder Executivo, Legislativo e a sociedade, e permitirá, agora ou daqui a 10 anos, a cobrança das medidas estabelecidas. Ele inicia uma nova etapa na educação pública do estado. Estamos aqui apontando um caminho, independentemente dos governos que virão – considerou.
Estiveram presentes na votação as educadoras Janaína Menezes, Maria Celi Vasconcelos e Berta do Vale, além da presidente da União dos Professores Públicos do Estado (UPPES), Teresinha Machado.
O plano abrange a Educação nos diferentes níveis: Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Jovens e Adultos (EJA), a Distância e Tecnologias Educacionais, Especial, Indígena, Afro-Brasileira, Medidas Socioeducativas, Prisional, Profissional, Superior e também a Formação e Valorização dos Profissionais e o Financiamento da Educação.
Entre as metas estão, por exemplo: assegurar, em regime de colaboração com os municípios, no prazo de cinco anos, a universalização do atendimento à demanda da pré-escola (4 e 5 anos) e o crescimento da oferta de vagas em creches (0 a 3 anos); garantir, em dez anos, a oferta gradativa, na ordem de 10% a cada ano, do atendimento em tempo integral dos anos finais do Ensino Fundamental; implantar, em dez anos, o tempo integral no Ensino Médio em 10% das escolas da rede estadual, priorizando áreas com jovens em situação de risco, entre outras diretrizes.
Fonte:http://www.educacao.rj.gov.br
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Professoras inovam para manter os alunos motivados
Projetos provocam mudanças nos alunos
Por inspiração do marido, que é carteiro no município de Bariri (SP), a professora Meire Canal, que leciona língua portuguesa na Escola Estadual Professora Ephigênia Cardoso Machado Fortunato, criou o projeto De Carta em Carta, Encontrando o Caminho, em que seus alunos trocam correspondência com outros estudantes do país.
A professora mantém o clube de correspondência desde 2005, mas foi premiada, em 2009, por promover a troca de cartas de seus alunos do 8º e do 9º ano do ensino fundamental com estudantes da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
A professora conta com entusiasmo que a proposta de trocar cartas com crianças da Apae surgiu de seus próprios alunos, que conheceram seus futuros correspondentes durante um jogo de futebol organizado pela Escola Professora Ephigênia. Segundo Meire, o desenvolvimento desse projeto incentivou seus alunos nos estudos e os tornou mais sensíveis. “Hoje em dia eles enxergam as pessoas com necessidades especiais de outra maneira”, avalia.
Ao longo do ano, os estudantes trocaram por volta de oito cartas. O assunto abordado é livre, o que estimula a curiosidade e o aprendizado dos estudantes. Aproveitando os textos criados pelos alunos, a professora monta sua aula de português. “Desse jeito, as crianças têm mais vontade de aprender”, acredita.
Meire confessa que estava ficando desanimada com o projeto, devido às dificuldades encontradas e à falta de apoio, mas o fato de ter sido uma das premiadas na Quarta Edição do Professores do Brasil a motivou. “Essa avaliação significa que estou no caminho certo. É muito bom ser reconhecida por aquilo que fazemos”.
Com o projeto A Contribuição dos Jogos no Ensino da Matemática, também voltado para alunos que estão terminando o ensino fundamental, a professora Íris Maciel, de Macapá (AP), mudou o ensino da matemática na escola onde leciona. “Além de estimular a imaginação e a interação, a criação dos jogos facilitou a compreensão da matéria”, justifica a professora, que leciona na Escola Estadual Ruth de Almeida.
A escola organiza o projeto de temas matemáticos, a partir deste ano. O objetivo é que os próprios alunos confeccionem os jogos, que abordam conteúdos como números decimais e as quatro operações fundamentais: adição, subtração, multiplicação e divisão. De acordo com Íris, a forma permite que eles fixem melhor a matemática”.
(Assessoria de Comunicação da Seed/MEC)
Por inspiração do marido, que é carteiro no município de Bariri (SP), a professora Meire Canal, que leciona língua portuguesa na Escola Estadual Professora Ephigênia Cardoso Machado Fortunato, criou o projeto De Carta em Carta, Encontrando o Caminho, em que seus alunos trocam correspondência com outros estudantes do país.
A professora mantém o clube de correspondência desde 2005, mas foi premiada, em 2009, por promover a troca de cartas de seus alunos do 8º e do 9º ano do ensino fundamental com estudantes da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
A professora conta com entusiasmo que a proposta de trocar cartas com crianças da Apae surgiu de seus próprios alunos, que conheceram seus futuros correspondentes durante um jogo de futebol organizado pela Escola Professora Ephigênia. Segundo Meire, o desenvolvimento desse projeto incentivou seus alunos nos estudos e os tornou mais sensíveis. “Hoje em dia eles enxergam as pessoas com necessidades especiais de outra maneira”, avalia.
Ao longo do ano, os estudantes trocaram por volta de oito cartas. O assunto abordado é livre, o que estimula a curiosidade e o aprendizado dos estudantes. Aproveitando os textos criados pelos alunos, a professora monta sua aula de português. “Desse jeito, as crianças têm mais vontade de aprender”, acredita.
Meire confessa que estava ficando desanimada com o projeto, devido às dificuldades encontradas e à falta de apoio, mas o fato de ter sido uma das premiadas na Quarta Edição do Professores do Brasil a motivou. “Essa avaliação significa que estou no caminho certo. É muito bom ser reconhecida por aquilo que fazemos”.
Com o projeto A Contribuição dos Jogos no Ensino da Matemática, também voltado para alunos que estão terminando o ensino fundamental, a professora Íris Maciel, de Macapá (AP), mudou o ensino da matemática na escola onde leciona. “Além de estimular a imaginação e a interação, a criação dos jogos facilitou a compreensão da matéria”, justifica a professora, que leciona na Escola Estadual Ruth de Almeida.
A escola organiza o projeto de temas matemáticos, a partir deste ano. O objetivo é que os próprios alunos confeccionem os jogos, que abordam conteúdos como números decimais e as quatro operações fundamentais: adição, subtração, multiplicação e divisão. De acordo com Íris, a forma permite que eles fixem melhor a matemática”.
(Assessoria de Comunicação da Seed/MEC)
Computador nas salas de aula
A partir de abril, 108 mil estudantes de unidades em áreas de conflito, as Escolas do Amanhã, usarão laptops para exercícios de Português e Matemática. Prefeitura do Rio oferecerá, inicialmente, um notebook para cada dois alunos
POR CHRISTINA NASCIMENTO
Rio - A partir de abril, os alunos das Escolas do Amanhã, localizadas em áreas de conflito, vão começar a usar laptops nas salas de aula. Os computadores vão auxiliar os estudantes nos exercícios de Português e Matemática e, futuramente, serão também a ferramenta para aplicação de provas. O primeiro lote de equipamentos já foi licitado pela prefeitura.
A expectativa da Secretaria Municipal de Educação é de que, até o fim do primeiro semestre, as 150 unidades que estão em locais conflagrados da cidade estejam informatizadas. No início, será um computador para cada dois colegas.
“O computador vai ser usado na sala, e não só no laboratório de Informática. O ideal seria que a gente tivesse um laptop para cada aluno, mas inicialmente não vai ser possível. Quem sabe em alguns anos?”, diz a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin.
Ela explicou que os exercícios serão corrigidos por um programa, que vai mostrar qual foi o erro dos alunos e qual seria a resposta correta.O gabarito online poderá ser impresso e guardado pelo professor. Atualmente, as unidades de áreas de risco somam 108 mil alunos. Eles são de 73 comunidades, em 63 bairros.
De modo geral, as Escolas do Amanhã apresentaram melhor rendimento nas provas do 4º bimestre, em comparação com o anterior. O maior salto de desempenho aconteceu nas turmas do 9º ano, que passaram de 4,2 na média geral do 3º bimestre — considerando Português e Matemática —, para 5,3 no 4º bimestre. A mudança representou um crescimento de 26,1%.
Em segundo lugar, aparece a 8ª série, que aumentou o desempenho de 3,9 para 4,9, o que significa um salto de 25,5% no rendimento dos estudantes. As turmas do 3º ano das Escolas da Amanhã foram as que tiveram menor índice de crescimento na média geral, considerando os dois últimos bimestres do ano.
Elas passaram da nota 6,5 para 6,6, ou seja, só 1,5% de melhora. A secretária admitiu que ainda há muito o que ser feito nas unidades de conflito e que uma das grandes mudanças esperadas para o ano que vem é maior participação dos pais na vida escolar dos filhos. “O número de evasão nesses colégios ainda é o dobro do restante da rede. Temos uma missão pela frente”, afirma Cláudia.
FONTE: JORNAL O DIA ONLINE. 20/12/2009
POR CHRISTINA NASCIMENTO
Rio - A partir de abril, os alunos das Escolas do Amanhã, localizadas em áreas de conflito, vão começar a usar laptops nas salas de aula. Os computadores vão auxiliar os estudantes nos exercícios de Português e Matemática e, futuramente, serão também a ferramenta para aplicação de provas. O primeiro lote de equipamentos já foi licitado pela prefeitura.
A expectativa da Secretaria Municipal de Educação é de que, até o fim do primeiro semestre, as 150 unidades que estão em locais conflagrados da cidade estejam informatizadas. No início, será um computador para cada dois colegas.
“O computador vai ser usado na sala, e não só no laboratório de Informática. O ideal seria que a gente tivesse um laptop para cada aluno, mas inicialmente não vai ser possível. Quem sabe em alguns anos?”, diz a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin.
Ela explicou que os exercícios serão corrigidos por um programa, que vai mostrar qual foi o erro dos alunos e qual seria a resposta correta.O gabarito online poderá ser impresso e guardado pelo professor. Atualmente, as unidades de áreas de risco somam 108 mil alunos. Eles são de 73 comunidades, em 63 bairros.
De modo geral, as Escolas do Amanhã apresentaram melhor rendimento nas provas do 4º bimestre, em comparação com o anterior. O maior salto de desempenho aconteceu nas turmas do 9º ano, que passaram de 4,2 na média geral do 3º bimestre — considerando Português e Matemática —, para 5,3 no 4º bimestre. A mudança representou um crescimento de 26,1%.
Em segundo lugar, aparece a 8ª série, que aumentou o desempenho de 3,9 para 4,9, o que significa um salto de 25,5% no rendimento dos estudantes. As turmas do 3º ano das Escolas da Amanhã foram as que tiveram menor índice de crescimento na média geral, considerando os dois últimos bimestres do ano.
Elas passaram da nota 6,5 para 6,6, ou seja, só 1,5% de melhora. A secretária admitiu que ainda há muito o que ser feito nas unidades de conflito e que uma das grandes mudanças esperadas para o ano que vem é maior participação dos pais na vida escolar dos filhos. “O número de evasão nesses colégios ainda é o dobro do restante da rede. Temos uma missão pela frente”, afirma Cláudia.
FONTE: JORNAL O DIA ONLINE. 20/12/2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
CINEMA NA ABL
11 de novembro
18h30min: O PODEROSO CHEFÃO II (The Godfather: Part II), de Mario Puzo
Direção: Francis Ford Coppola, 1974, drama, 200min
18 de novembro
18h30min: O PODEROSO CHEFÃO III (The Godfather: Part III), de Mario Puzo
Direção: Francis Ford Coppola, 1990, drama, 170min
25 de novembro
18h30min: ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTE (Murder on the Orient Express), de Agatha Christie
Direção: Sidney Lumet, 1974, suspense, 122min
2 de dezembro
18h30min: VIDA VERTIGINOSA, de João do Rio
Direção: Luiz Carlos Lacerda, 2009, drama, 15min
UM LADRÃO, de Graciliano Ramos
Direção: Nelson Pereira dos Santos, 1981, drama, 35min
18h30min: O PODEROSO CHEFÃO II (The Godfather: Part II), de Mario Puzo
Direção: Francis Ford Coppola, 1974, drama, 200min
18 de novembro
18h30min: O PODEROSO CHEFÃO III (The Godfather: Part III), de Mario Puzo
Direção: Francis Ford Coppola, 1990, drama, 170min
25 de novembro
18h30min: ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTE (Murder on the Orient Express), de Agatha Christie
Direção: Sidney Lumet, 1974, suspense, 122min
2 de dezembro
18h30min: VIDA VERTIGINOSA, de João do Rio
Direção: Luiz Carlos Lacerda, 2009, drama, 15min
UM LADRÃO, de Graciliano Ramos
Direção: Nelson Pereira dos Santos, 1981, drama, 35min
Palestras - Academia Brasileira de Letras.
Teatro R. Magalhães Jr.
Terças-feiras, às 17h30
ENTRADA FRANCA
"50 Anos de Morte de Villa-Lobos"
10/11 - Luiz Paulo Horta: "Villa-Lobos: síntese do Brasil"
Coordenação: Ivan Junqueira
17/11 - José Miguel Wisnik: " Villa-Lobos e o modernismo"
Coordenação: Luiz Paulo Horta
24/11 - Jocy de Oliveira: "A presença de Villa-Lobos na cultura moderna do Brasil"
Coordenação: Luiz Paulo Horta
Terças-feiras, às 17h30
ENTRADA FRANCA
"50 Anos de Morte de Villa-Lobos"
10/11 - Luiz Paulo Horta: "Villa-Lobos: síntese do Brasil"
Coordenação: Ivan Junqueira
17/11 - José Miguel Wisnik: " Villa-Lobos e o modernismo"
Coordenação: Luiz Paulo Horta
24/11 - Jocy de Oliveira: "A presença de Villa-Lobos na cultura moderna do Brasil"
Coordenação: Luiz Paulo Horta
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Informativo aos visitantes.
Estimados visitantes,
As atualizações em meu blog voltará a ocorrer dentro em breve, pois estou em um momento singular na minha vida, dispondo de pouco tempo para este fim. Portanto, apreciem o que até aqui pude compartilhar com cada um de vocês, cientes de que a partir de novembro novas, velhas, boas, singelas, profundas, simples reflexões e informações estarão aqui no nosso espaço "Língua Viva".
Atenciosamente,
Luana Abali
As atualizações em meu blog voltará a ocorrer dentro em breve, pois estou em um momento singular na minha vida, dispondo de pouco tempo para este fim. Portanto, apreciem o que até aqui pude compartilhar com cada um de vocês, cientes de que a partir de novembro novas, velhas, boas, singelas, profundas, simples reflexões e informações estarão aqui no nosso espaço "Língua Viva".
Atenciosamente,
Luana Abali
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
EUCLIDES, SUJEITO E PREDICADO
EUCLIDES, SUJEITO E PREDICADO
Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça
Sinceramente, esperava maior mobilização nacional, além do que faz a Academia Brasileira de Letras, para registro do centenário de Euclides da Cunha.
É dele o juízo que de a vida resumida do homem é um capítulo instantâneo da vida de sua sociedade e de que na proporção em que se expande o espírito humano as fronteiras recuam.
Então, a sua obra é transertaneja - ou transamazônica - e sua expressão transcende molduras, inclusive a republicana. É claro, não há Euclides sem Os Sertões, mas existem muitos Euclides, a partir do fato de que a sua obra-prima precisa ser confrontada no conjunto da bibliografia, vale dizer, a Contrastes e Confrontos, À Margem da História, Um Velho Problema, Peru versus Bolívia, Castro Alves e seu Tempo, A Vida das Estátuas, Diário de uma Expedição, inclusive de Ondas, o contributo poético.
Receio que os da minha geração ainda sintam Euclides da Cunha pelo desfocado da análise lógica. Insistiram comigo na necessidade de encontrar sujeito e predicado em trechos do livro maior, esquecendo de alertar o estudante para o anguloso do estilo, para o tipo de paisagem que está por trás da narrativa, além de a Terra, para a confissão de que se julgava a um só tempo celta, grego e tapuia, ressaltando a relevância de uma como que audácia de àquela época alguém se dizer tapuia.
Gilberto Freyre fala com a costumeira elegância e a certificação conceitual: "O vulto monumental que levantou de Antonio Conselheiro não da pessoa do místico, mas do seu tipo de sertanejo isolado da civilização do litoral, de vítima desse isolamento de monge quase mal-assombrado cercado de beatas, de velhas, de doentes, de jagunços, de brancos e negros, de caboclos, de centenas de brasileiros pervertidos pelo mesmo isolamento que ele, de asceta terrível dando as costas às mulheres moças e às paisagens macias do lado do mar - permanece obra-prima da literatura brasileira".
O estudante não foi advertido a perceber que Euclides tinha um modo de ver brasileiro quase místico, onde Canudos é um drama entre a cultura do litoral e a cultura que estacionou no Sertão.
Gilberto Freyre aponta que o Brasil de Euclides é retorcido e agreste e que certamente, não era homem de sorrisos mas de cara fechada, sem maiores demonstrações de femeeiro à moda de Maciel Monteiro ou Pedro I. Freyre ouviu Teodoro Sampaio dizer que Euclides tinha mais medo de iguarias fartas que das carabinas da jagunçada. Faz-me até lembrar Marco Maciel que não tem prazer de estar à mesa. Euclides não era um comilão, à moda de Rio Branco ou Varnhagen.
O aluno que fui de curso preparatório ao vestibular de direito gemeu nas bancas a estudar as Catilinárias e analisar Os Sertões, mas não me observaram que o homem de Cantagalo amava a pesquisa, por isso, seus livros não têm nada de improviso. Ao contrário, se apoiam, entre outros, nos subsídios de Teodoro Sampaio, de Orville Derby, de Nina Rodrigues e desse pouco mencionado Pimenta da Cunha. Estilo sempre em linha reta, isto é, sem arredondamentos tão comuns em Gilberto Freyre, inclusive nos títulos dos seus livros Talvez Poesia, Quase Política, e os Em Torno disso ou daquilo.
Pouco, ou quase nada, o pré-universitário ouvia dizer dos personagens euclidianos, compostos de toque humano - é claro - mas recheados de acentos dos reinos animal e vegetal. Ecológico, como entendeu Roquete Pinto. Mais tarde, bem mais tarde, Artur Reis, no Conselho Federal de Cultura, onde estávamos juntos, destacava-me a impregnação amazônica que Euclides acolhera, mesmo que todos reconhecessem no seu estilo de ângulo reto a preferência pela verticalidade em vez da horizontalidade. A mesma verticalidade que o fazia ter menos entusiasmo com a arquitetura portuguesa das casas de engenho acachapadas do que com a arquitetura hispânica de altas torres sineiras, menos admirado com as volutas talvez barrocas da folha da bananeira do que com a régua e o compasso do mandacaru ou da "coroa de frade".
No seu centenário, este leitor de Euclides da Cunha permanece lendo sobre ele - Venâncio, Nelson Saldanha, Reale, Niskier, Rouanet, Josué - de olhos arregalados testando melhor entendê-lo e postulando para ele mais louvores, mas "farpeados de aspas", mais fogos no ar, ainda que os fogos que a ele interessavam não fossem esse com arruidos, lágrimas e estrelas.
Jornal do Commercio, 13/8/2009
Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça
Sinceramente, esperava maior mobilização nacional, além do que faz a Academia Brasileira de Letras, para registro do centenário de Euclides da Cunha.
É dele o juízo que de a vida resumida do homem é um capítulo instantâneo da vida de sua sociedade e de que na proporção em que se expande o espírito humano as fronteiras recuam.
Então, a sua obra é transertaneja - ou transamazônica - e sua expressão transcende molduras, inclusive a republicana. É claro, não há Euclides sem Os Sertões, mas existem muitos Euclides, a partir do fato de que a sua obra-prima precisa ser confrontada no conjunto da bibliografia, vale dizer, a Contrastes e Confrontos, À Margem da História, Um Velho Problema, Peru versus Bolívia, Castro Alves e seu Tempo, A Vida das Estátuas, Diário de uma Expedição, inclusive de Ondas, o contributo poético.
Receio que os da minha geração ainda sintam Euclides da Cunha pelo desfocado da análise lógica. Insistiram comigo na necessidade de encontrar sujeito e predicado em trechos do livro maior, esquecendo de alertar o estudante para o anguloso do estilo, para o tipo de paisagem que está por trás da narrativa, além de a Terra, para a confissão de que se julgava a um só tempo celta, grego e tapuia, ressaltando a relevância de uma como que audácia de àquela época alguém se dizer tapuia.
Gilberto Freyre fala com a costumeira elegância e a certificação conceitual: "O vulto monumental que levantou de Antonio Conselheiro não da pessoa do místico, mas do seu tipo de sertanejo isolado da civilização do litoral, de vítima desse isolamento de monge quase mal-assombrado cercado de beatas, de velhas, de doentes, de jagunços, de brancos e negros, de caboclos, de centenas de brasileiros pervertidos pelo mesmo isolamento que ele, de asceta terrível dando as costas às mulheres moças e às paisagens macias do lado do mar - permanece obra-prima da literatura brasileira".
O estudante não foi advertido a perceber que Euclides tinha um modo de ver brasileiro quase místico, onde Canudos é um drama entre a cultura do litoral e a cultura que estacionou no Sertão.
Gilberto Freyre aponta que o Brasil de Euclides é retorcido e agreste e que certamente, não era homem de sorrisos mas de cara fechada, sem maiores demonstrações de femeeiro à moda de Maciel Monteiro ou Pedro I. Freyre ouviu Teodoro Sampaio dizer que Euclides tinha mais medo de iguarias fartas que das carabinas da jagunçada. Faz-me até lembrar Marco Maciel que não tem prazer de estar à mesa. Euclides não era um comilão, à moda de Rio Branco ou Varnhagen.
O aluno que fui de curso preparatório ao vestibular de direito gemeu nas bancas a estudar as Catilinárias e analisar Os Sertões, mas não me observaram que o homem de Cantagalo amava a pesquisa, por isso, seus livros não têm nada de improviso. Ao contrário, se apoiam, entre outros, nos subsídios de Teodoro Sampaio, de Orville Derby, de Nina Rodrigues e desse pouco mencionado Pimenta da Cunha. Estilo sempre em linha reta, isto é, sem arredondamentos tão comuns em Gilberto Freyre, inclusive nos títulos dos seus livros Talvez Poesia, Quase Política, e os Em Torno disso ou daquilo.
Pouco, ou quase nada, o pré-universitário ouvia dizer dos personagens euclidianos, compostos de toque humano - é claro - mas recheados de acentos dos reinos animal e vegetal. Ecológico, como entendeu Roquete Pinto. Mais tarde, bem mais tarde, Artur Reis, no Conselho Federal de Cultura, onde estávamos juntos, destacava-me a impregnação amazônica que Euclides acolhera, mesmo que todos reconhecessem no seu estilo de ângulo reto a preferência pela verticalidade em vez da horizontalidade. A mesma verticalidade que o fazia ter menos entusiasmo com a arquitetura portuguesa das casas de engenho acachapadas do que com a arquitetura hispânica de altas torres sineiras, menos admirado com as volutas talvez barrocas da folha da bananeira do que com a régua e o compasso do mandacaru ou da "coroa de frade".
No seu centenário, este leitor de Euclides da Cunha permanece lendo sobre ele - Venâncio, Nelson Saldanha, Reale, Niskier, Rouanet, Josué - de olhos arregalados testando melhor entendê-lo e postulando para ele mais louvores, mas "farpeados de aspas", mais fogos no ar, ainda que os fogos que a ele interessavam não fossem esse com arruidos, lágrimas e estrelas.
Jornal do Commercio, 13/8/2009
AINDA HÁ MUITO TERRENO PELA FRENTE
João Ubaldo Ribeiro
Hesitei antes de falar sobre as proibições de fumar que se avolumam a cada dia, mobilizando, como no caso de São Paulo, esquadrões de funcionários públicos, em operações cinematográficas de repressão aos infratores. O sujeito que faz algum reparo às leis antifumo é imediatamente qualificado de vendido à facinorosa indústria do tabaco. Como, pelo menos no meu caso, nunca recebi um tostão de nenhum fabricante de cigarros ou plantador de tabaco, devo ser ainda pior, ou seja, inocente útil, análogo aos do tempo do comunismo, que nem ao menos botavam a mão no celebrado ouro de Moscou.
Mas também não vou defender o cigarro. Do ponto de vista da saúde, não há nada de bom que possa ser dito do cigarro, nem mesmo do efeito ansiolítico que tem sobre os viciados. Certamente é melhor que ele se receite com um especialista do que se envenenar fumando. É também inegável que para muitos cigarro cheira mal, empesteia o ambiente e causa diversos transtornos, alguns de grande monta, como incêndios ou explosões. E, evidentemente, o não-fumante tem o direito de exigir não ser vítima dos efeitos de algo que ele evita.
Mas as leis vão bem além disso. Protegem também o fumante que não quer ser protegido e que não tem intenção de largar o cigarro. Lembro de uma piada velha, cujo protagonista é um beberrão, mas podia ser um tabagista. O amigo do fumante diz que ele deve parar porque o fumo é uma morte lenta. Ao que o fumante, como vocês sabem, responde que tudo bem, ele não está com pressa. O fumante também sabe disso e a relação do homem com a morte e a saúde é complicada demais para ser legislada. A trajetória individual do ser pensante é rica demais, irracional demais, para ser presa a esse “dever-ser” incorporado pelo Estado.
A lógica por trás da proteção é perigosa porque leva a situações cujos limites ainda não podem ser traçados e são demasiadamente vagos. Já li que, em algum lugar do famoso Primeiro Mundo, serão proibidas peças em que os atores fumam e, se não me engano, já apareceu um problema em São Paulo, pois um personagem fuma e não se pode fumar em teatros. Se as peças suspeitas de induzir ao tabagismo são proibidas, por que não proibir logo romances ou matérias jornalísticas que de alguma forma apresentem o fumo sob uma luz neutra ou favorável?
A proteção também tem falhas, que podem ser sanadas por novas investidas desses engenheiros sociais. Não é possível que não se tenha notado que um setor da população particularmente vulnerável não foi contemplado pela legislação. As crianças de pais fumantes continuam a ser expostas aos efeitos da fumaça, o que pode vir a justificar que, no futuro, se apliquem sanções severas a quem tem filhos e fuma. Imagino que um dos mecanismos para isso seria interrogar as crianças todos os dias, nas escolas, sobre os pais fumantes. Os dedos-duros infantis receberiam, é claro, diversos reforços, talvez até nas notas. E acredito que, para os mais exaltados, tirar dos pais fumantes a guarda dos filhos não seria uma medida de todo incogitável.
Alega-se também, com base em afirmações estatísticas discutíveis, que os custos impostos pelos fumantes à saúde pública são muito grandes. Se a moda pegar, vamos com certeza testemunhar outros esforços nesse sentido, todos eles envolvendo o controle do comportamento individual. Além disso, a burrice e a falta de ter o que fazer às vezes dominam o cenário e não acho inteiramente descabido imaginar um legislador que pretenda, por exemplo, banir as motos da circulação em grandes cidades, por causa das despesas públicas com o socorro e assistência aos acidentados.
Para muitas pessoas, há um prazer mórbido em proibir, em uniformizar o comportamento alheio. Muita gente também não fica satisfeita apenas em ver a proibição estabelecida, como agora, porque o fato de existir alguém que fume, mesmo socado dentro de casa, irrita e exaspera, a ponto de dar vontade de prender o infeliz ou degredá-lo numa ilha deserta sem nada que ele possa fumar. É disso que tenho medo, porque me acostumei a um pouquinho de privacidade e vejo que ela vai gradualmente para a cucuia. Segundo me contam, por exemplo, a Microsoft está experimentando um programa para proteger trabalhadores, monitorando permanentemente dados como pressão arterial, batimentos cardíacos, respiração etc. Ótimos para prevenir, por exemplo, um infarto, mas também bons para pegar a hora em que um e-mail irritou seu destinatário ou um cochilo curto interrompeu o trabalho. Algumas empresas já testam regularmente seus empregados, para verificar se, mesmo em casa e sem incomodar ninguém, usam alguma substância nociva ou proibida. Não sei se monitoram quem fuma em casa, mas deve haver algumas que o façam e não duvido nada que algum empresário brasileiro não esteja sonhando com isso.
Bem, tem que goste. O mundo, com essas medidas, não fica tão inquietante, tão desarrumado, tão imprevisível. Vamos ser cada vez mais como as abelhas, as formigas ou os cupins, tudo organizado, tudo uniforme, nenhuma atividade inútil, todo mundo se comportando em função do bem comum, ninguém fazendo nada que não possa ser racionalmente justificado. Eu sei que haverá quem ache que nisso vai um certo exagero e eu concordo: exagero nas previsões moderadas, porque suspeito que a verdade vai ser muito pior e fico bastante grato por, se der sorte, não estar mais aqui para ver. Quanto aos anti-tabagistas militantes ou religiosos, que tenham sucesso nas próximas batalhas para varrer o feio vício da face da terra. Mais cedo ou mais tarde, todos comemorarão na área de não-fumantes do cemitério.
João Ubaldo Ribeiro
Hesitei antes de falar sobre as proibições de fumar que se avolumam a cada dia, mobilizando, como no caso de São Paulo, esquadrões de funcionários públicos, em operações cinematográficas de repressão aos infratores. O sujeito que faz algum reparo às leis antifumo é imediatamente qualificado de vendido à facinorosa indústria do tabaco. Como, pelo menos no meu caso, nunca recebi um tostão de nenhum fabricante de cigarros ou plantador de tabaco, devo ser ainda pior, ou seja, inocente útil, análogo aos do tempo do comunismo, que nem ao menos botavam a mão no celebrado ouro de Moscou.
Mas também não vou defender o cigarro. Do ponto de vista da saúde, não há nada de bom que possa ser dito do cigarro, nem mesmo do efeito ansiolítico que tem sobre os viciados. Certamente é melhor que ele se receite com um especialista do que se envenenar fumando. É também inegável que para muitos cigarro cheira mal, empesteia o ambiente e causa diversos transtornos, alguns de grande monta, como incêndios ou explosões. E, evidentemente, o não-fumante tem o direito de exigir não ser vítima dos efeitos de algo que ele evita.
Mas as leis vão bem além disso. Protegem também o fumante que não quer ser protegido e que não tem intenção de largar o cigarro. Lembro de uma piada velha, cujo protagonista é um beberrão, mas podia ser um tabagista. O amigo do fumante diz que ele deve parar porque o fumo é uma morte lenta. Ao que o fumante, como vocês sabem, responde que tudo bem, ele não está com pressa. O fumante também sabe disso e a relação do homem com a morte e a saúde é complicada demais para ser legislada. A trajetória individual do ser pensante é rica demais, irracional demais, para ser presa a esse “dever-ser” incorporado pelo Estado.
A lógica por trás da proteção é perigosa porque leva a situações cujos limites ainda não podem ser traçados e são demasiadamente vagos. Já li que, em algum lugar do famoso Primeiro Mundo, serão proibidas peças em que os atores fumam e, se não me engano, já apareceu um problema em São Paulo, pois um personagem fuma e não se pode fumar em teatros. Se as peças suspeitas de induzir ao tabagismo são proibidas, por que não proibir logo romances ou matérias jornalísticas que de alguma forma apresentem o fumo sob uma luz neutra ou favorável?
A proteção também tem falhas, que podem ser sanadas por novas investidas desses engenheiros sociais. Não é possível que não se tenha notado que um setor da população particularmente vulnerável não foi contemplado pela legislação. As crianças de pais fumantes continuam a ser expostas aos efeitos da fumaça, o que pode vir a justificar que, no futuro, se apliquem sanções severas a quem tem filhos e fuma. Imagino que um dos mecanismos para isso seria interrogar as crianças todos os dias, nas escolas, sobre os pais fumantes. Os dedos-duros infantis receberiam, é claro, diversos reforços, talvez até nas notas. E acredito que, para os mais exaltados, tirar dos pais fumantes a guarda dos filhos não seria uma medida de todo incogitável.
Alega-se também, com base em afirmações estatísticas discutíveis, que os custos impostos pelos fumantes à saúde pública são muito grandes. Se a moda pegar, vamos com certeza testemunhar outros esforços nesse sentido, todos eles envolvendo o controle do comportamento individual. Além disso, a burrice e a falta de ter o que fazer às vezes dominam o cenário e não acho inteiramente descabido imaginar um legislador que pretenda, por exemplo, banir as motos da circulação em grandes cidades, por causa das despesas públicas com o socorro e assistência aos acidentados.
Para muitas pessoas, há um prazer mórbido em proibir, em uniformizar o comportamento alheio. Muita gente também não fica satisfeita apenas em ver a proibição estabelecida, como agora, porque o fato de existir alguém que fume, mesmo socado dentro de casa, irrita e exaspera, a ponto de dar vontade de prender o infeliz ou degredá-lo numa ilha deserta sem nada que ele possa fumar. É disso que tenho medo, porque me acostumei a um pouquinho de privacidade e vejo que ela vai gradualmente para a cucuia. Segundo me contam, por exemplo, a Microsoft está experimentando um programa para proteger trabalhadores, monitorando permanentemente dados como pressão arterial, batimentos cardíacos, respiração etc. Ótimos para prevenir, por exemplo, um infarto, mas também bons para pegar a hora em que um e-mail irritou seu destinatário ou um cochilo curto interrompeu o trabalho. Algumas empresas já testam regularmente seus empregados, para verificar se, mesmo em casa e sem incomodar ninguém, usam alguma substância nociva ou proibida. Não sei se monitoram quem fuma em casa, mas deve haver algumas que o façam e não duvido nada que algum empresário brasileiro não esteja sonhando com isso.
Bem, tem que goste. O mundo, com essas medidas, não fica tão inquietante, tão desarrumado, tão imprevisível. Vamos ser cada vez mais como as abelhas, as formigas ou os cupins, tudo organizado, tudo uniforme, nenhuma atividade inútil, todo mundo se comportando em função do bem comum, ninguém fazendo nada que não possa ser racionalmente justificado. Eu sei que haverá quem ache que nisso vai um certo exagero e eu concordo: exagero nas previsões moderadas, porque suspeito que a verdade vai ser muito pior e fico bastante grato por, se der sorte, não estar mais aqui para ver. Quanto aos anti-tabagistas militantes ou religiosos, que tenham sucesso nas próximas batalhas para varrer o feio vício da face da terra. Mais cedo ou mais tarde, todos comemorarão na área de não-fumantes do cemitério.
Conferência ABL - Centenário Euclides da Cunha
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
Av. Presidente Wilson 203, Castelo / RJ
Teatro R. Magalhães Jr.
Terças-feiras, às 17h30
ENTRADA FRANCA
6º Ciclo de Conferências: "Centenário de Morte de Euclides da Cunha"
Coordenação: Alberto Venancio Filho
25/8 - Afonso Arinos: "Euclides da Cunha e o Itamaraty"
1/9 - José Maurício Gomes de Almeida: "Os Sertões: Uma epopéia dos vencidos"
8/9 - Nísia Trindade Lima: "Euclides da Cunha e o pensamento social brasileiro"
15/9 - Francisco Foot Hardman: "Euclides e a Amazônia"
22/9 - Per Johns: "Confluências de linguagem em Euclides da Cunha e Guimarães Rosa "
29/9 – Ricardo Ventura Santos: "A antropologia de Os Sertões"
6/10 - José Carlos Barreto Santana : "Os fundamentos científicos em Euclides da Cunha"
13/10 - Moacyr Scliar: "A medicina nos tempos de Euclides da Cunha"
20/10 - Cícero Sandroni: "Euclides da Cunha jornalista"
27/10 – Alberto Venancio Filho: "A recepção de Os Sertões"
VALE A PENA ORGANIZAR NOSSO TEMPO!
Av. Presidente Wilson 203, Castelo / RJ
Teatro R. Magalhães Jr.
Terças-feiras, às 17h30
ENTRADA FRANCA
6º Ciclo de Conferências: "Centenário de Morte de Euclides da Cunha"
Coordenação: Alberto Venancio Filho
25/8 - Afonso Arinos: "Euclides da Cunha e o Itamaraty"
1/9 - José Maurício Gomes de Almeida: "Os Sertões: Uma epopéia dos vencidos"
8/9 - Nísia Trindade Lima: "Euclides da Cunha e o pensamento social brasileiro"
15/9 - Francisco Foot Hardman: "Euclides e a Amazônia"
22/9 - Per Johns: "Confluências de linguagem em Euclides da Cunha e Guimarães Rosa "
29/9 – Ricardo Ventura Santos: "A antropologia de Os Sertões"
6/10 - José Carlos Barreto Santana : "Os fundamentos científicos em Euclides da Cunha"
13/10 - Moacyr Scliar: "A medicina nos tempos de Euclides da Cunha"
20/10 - Cícero Sandroni: "Euclides da Cunha jornalista"
27/10 – Alberto Venancio Filho: "A recepção de Os Sertões"
VALE A PENA ORGANIZAR NOSSO TEMPO!
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Assembleia aprova plantão telefônico para tirar dúvidas gramaticais no Rio
A Assembleia Legislativa do Rio aprovou terça-feira (11) um serviço de telefone gratuito chamado de Telegramática para tirar dúvidas sobre a língua portuguesa no Estado. A proposta, que especifica que a equipe a ser formada conte com dois atendentes e oito professores se revezando em dois turnos, será enviada para a sanção do governador Sérgio Cabral (PMDB) em até 15 dias.
O projeto, do deputado Jairo Souza Santos, conhecido como Coronel Jairo, prevê a criação de uma linha telefônica para esclarecer dúvidas da população sobre o idioma, envolvendo questões como ortografia, acentuação, concordância, regência, sintaxe e morfologia.
"Conhecer bem o idioma é fundamental para o cidadão, seja na vida escolar ou no trabalho. Por isso, o Estado deverá prestar um atendimento personalizado e de caráter educativo", afirmou em nota Jairo.
A ideia é que o plantão gramatical funcione sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Educação, que poderá assinar convênio com instituições públicas ou privadas para implantar o sistema.
Segundo a assessoria do deputado, o serviço deverá contar com um número telefônico exclusivo, para garantir o anonimato ao usuário e facilitar o acesso à gramática, principalmente, ao público de classe baixa, que não tem possibilidade de ter computador.
O deputado ainda afirmou que o serviço de teleatendimento é semelhante ao que já existe há 29 anos em Fortaleza, no Ceará, onde uma equipe de profissionais atende diariamente das 8h às 18h. O plantão da região recebe, em média, 150 ligações diárias.
"Em Curitiba, Brasília, Jundiaí (São Paulo) e Londrina (Paraná), o poder público também oferece plantões gramaticais por telefone, com a mesma finalidade", disse em nota.
Fonte: Folha Online
O projeto, do deputado Jairo Souza Santos, conhecido como Coronel Jairo, prevê a criação de uma linha telefônica para esclarecer dúvidas da população sobre o idioma, envolvendo questões como ortografia, acentuação, concordância, regência, sintaxe e morfologia.
"Conhecer bem o idioma é fundamental para o cidadão, seja na vida escolar ou no trabalho. Por isso, o Estado deverá prestar um atendimento personalizado e de caráter educativo", afirmou em nota Jairo.
A ideia é que o plantão gramatical funcione sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Educação, que poderá assinar convênio com instituições públicas ou privadas para implantar o sistema.
Segundo a assessoria do deputado, o serviço deverá contar com um número telefônico exclusivo, para garantir o anonimato ao usuário e facilitar o acesso à gramática, principalmente, ao público de classe baixa, que não tem possibilidade de ter computador.
O deputado ainda afirmou que o serviço de teleatendimento é semelhante ao que já existe há 29 anos em Fortaleza, no Ceará, onde uma equipe de profissionais atende diariamente das 8h às 18h. O plantão da região recebe, em média, 150 ligações diárias.
"Em Curitiba, Brasília, Jundiaí (São Paulo) e Londrina (Paraná), o poder público também oferece plantões gramaticais por telefone, com a mesma finalidade", disse em nota.
Fonte: Folha Online
sexta-feira, 17 de julho de 2009
AULAS DE PORTUGUÊS
Conforme a educadora Irandé Antunes em seu livro, AULA DE PORTUGUÊS: ECONTRO E INTERAÇÃO, a educação escolar é um processo social com função política para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade. Diante disso existe a percepção de que é intolerável uma escola que, por vezes, nem alfabetiza, ou que ainda alfabetizando, não forma leitores nem pessoas capazes de expressar-se por escrito, coerente e relevantemente. Podemos assim considerar existente, uma pobreza educacional da Língua Portuguesa, tendo em vista tais déficits na estrutura do ensino.
As deficiências no ensino de Língua Portuguesa, tanto na oralidade, leitura, escrita e gramatical, ocorrem quando ficam fora do contexto da realidade de seu uso, quando há o real desperdício do tempo de aulas com regras irrelevantes para o objetivo de seu ensino, a competência de leitura e fluência oral do aluno para formação de potencialidades comunicativas. Sendo assim, a importância da aula de Português não se limita ao ensino de nomenclaturas e regras gramaticais, mas sim na reflexão dos usos destes conteúdos articulados a oralidade e escrita.
O QUE VOCÊ PENSA SOBRE ISTO?
As deficiências no ensino de Língua Portuguesa, tanto na oralidade, leitura, escrita e gramatical, ocorrem quando ficam fora do contexto da realidade de seu uso, quando há o real desperdício do tempo de aulas com regras irrelevantes para o objetivo de seu ensino, a competência de leitura e fluência oral do aluno para formação de potencialidades comunicativas. Sendo assim, a importância da aula de Português não se limita ao ensino de nomenclaturas e regras gramaticais, mas sim na reflexão dos usos destes conteúdos articulados a oralidade e escrita.
O QUE VOCÊ PENSA SOBRE ISTO?
SABEDORIA...
Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem, as palavras da prudência.
Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade;
Para dar aos simples, prudência, e aos moços, conhecimento e bom siso;
O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos;
Provérbios 1:2-5
Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade;
Para dar aos simples, prudência, e aos moços, conhecimento e bom siso;
O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos;
Provérbios 1:2-5
quarta-feira, 24 de junho de 2009
EXEMPLO PARA OUTROS ESTADOS BRASILEIROS!
24/06/2009 - 08h50
São Paulo aprova leis para diminuir professores temporários
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
O governo de São Paulo aprovou ontem (23) na Assembleia Legislativa pacote de medidas que visa diminuir o número de professores temporários na rede --80 mil, que representam 40% do total-- e que limita o período de trabalho dos docentes não concursados a serem contratados a partir de agora.
As propostas do governador José Serra (PSDB) criam 80 mil cargos e fixa o prazo de dois anos para atuação de temporários (hoje não há limite). Após o período, o docente ficará ao menos um ano fora da rede.
Os atuais não concursados terão de fazer prova. Os reprovados irão para ações de apoio (salas de leitura, por exemplo).
As bancadas do PT, PSOL e PC do B criticaram principalmente a proposta de limitação de prazo para os temporários, por entender que a prática agora ficou "oficializada".
O próprio governo admite que o número de temporários prejudica o ensino, pois os temporários não passaram por seleção e não têm estabilidade.
A criação de cargos, diz o Executivo, permitirá que haja uma forte redução no número de temporários. A abertura de cargos é apenas uma autorização para concursos públicos.
O primeiro exame deverá ser feito neste ano, com cerca de dez mil vagas. Segundo a lei sancionada ontem, os aprovados terão de passar agora por um curso e uma nova prova antes de entrar em sala de aula.
O governo diz, porém, que sempre será necessário a existência de temporários na rede, para substituição em ocasiões específicas --não como política permanente, como ocorre hoje.
Para evitar que os temporários sigam na rede indefinidamente (alguns se aposentam nessa condição), o governo limitou a permanência deles. As medidas ainda precisam ser sancionadas por Serra.
Críticas
"O projeto legaliza a rotatividade [de professores]", afirmou o deputado Carlos Giannazi (PSOL), sobre a proposta de limitação dos temporários.
"O adequado seria fazer concurso público periódico", disse o deputado Roberto Felício (PT). "Além disso, imagina colocar professores em 'quarentena', em uma área que há falta de mão-de-obra. É um projeto burro, que vai condenar as crianças a ficarem sem aulas."
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São Paulo aprova leis para diminuir professores temporários
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
O governo de São Paulo aprovou ontem (23) na Assembleia Legislativa pacote de medidas que visa diminuir o número de professores temporários na rede --80 mil, que representam 40% do total-- e que limita o período de trabalho dos docentes não concursados a serem contratados a partir de agora.
As propostas do governador José Serra (PSDB) criam 80 mil cargos e fixa o prazo de dois anos para atuação de temporários (hoje não há limite). Após o período, o docente ficará ao menos um ano fora da rede.
Os atuais não concursados terão de fazer prova. Os reprovados irão para ações de apoio (salas de leitura, por exemplo).
As bancadas do PT, PSOL e PC do B criticaram principalmente a proposta de limitação de prazo para os temporários, por entender que a prática agora ficou "oficializada".
O próprio governo admite que o número de temporários prejudica o ensino, pois os temporários não passaram por seleção e não têm estabilidade.
A criação de cargos, diz o Executivo, permitirá que haja uma forte redução no número de temporários. A abertura de cargos é apenas uma autorização para concursos públicos.
O primeiro exame deverá ser feito neste ano, com cerca de dez mil vagas. Segundo a lei sancionada ontem, os aprovados terão de passar agora por um curso e uma nova prova antes de entrar em sala de aula.
O governo diz, porém, que sempre será necessário a existência de temporários na rede, para substituição em ocasiões específicas --não como política permanente, como ocorre hoje.
Para evitar que os temporários sigam na rede indefinidamente (alguns se aposentam nessa condição), o governo limitou a permanência deles. As medidas ainda precisam ser sancionadas por Serra.
Críticas
"O projeto legaliza a rotatividade [de professores]", afirmou o deputado Carlos Giannazi (PSOL), sobre a proposta de limitação dos temporários.
"O adequado seria fazer concurso público periódico", disse o deputado Roberto Felício (PT). "Além disso, imagina colocar professores em 'quarentena', em uma área que há falta de mão-de-obra. É um projeto burro, que vai condenar as crianças a ficarem sem aulas."
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terça-feira, 23 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
O QUE MUDA COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO?
As novas regras da língua portuguesa devem começar a ser implementadas em 2008. Mudanças incluem fim do trema e devem mudar entre 0,5% e 2% do vocabulário brasileiro. Veja abaixo quais são as mudanças.
HÍFEN
Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"
TREMA: Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados
ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)
ALFABETO:
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"
ACENTO CIRCUNFLEXO
Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"
ACENTO AGUDO
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem
GRAFIA
No português lusitano:
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"
HÍFEN
Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"
TREMA: Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados
ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)
ALFABETO:
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"
ACENTO CIRCUNFLEXO
Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"
ACENTO AGUDO
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem
GRAFIA
No português lusitano:
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"
sexta-feira, 12 de junho de 2009
"Vale a pena aprender gramática?"
Alguns professores afirmam que os alunos não gostam e não querem
aprender teoria gramatical. Nossa hipótese é que a idéia de que: “alunos não
consideram importante a teoria gramatical” não corresponde à verdade.
Saber o que pensam os alunos do ensino médio sobre o ensino da
língua portuguesa, a fim de verificar a importância dos conteúdos gramaticais
na vida prática destes jovens, pareceu-nos importante, uma vez que, como
educadores, estamos preocupados com a formação integral do aluno. E as
aulas de língua portuguesa muito contribuem para esta formação. Como bem
nos mostra Bechara (2005, p. 24):
... não é só através da aula de língua portuguesa que o aluno
chegará a esta cultura integral; todas as matérias que lhe são
ministradas concorrem para esse objetivo maior. Mas acreditamos
que é na aula de língua portuguesa que se abre maior espaço para
tais oportunidades. Ao entrar no mundo maravilhoso das informações
que veiculam os textos literários e não-literários, modernos e antigos,
terá o professor de língua materna a ocasião propícia para abrir os
limites de uma educação especificamente lingüística.
Sabemos que estes alunos do ensino médio não são especialistas da
língua, e talvez se torne difícil para eles opinar a respeito de um assunto tão
complexo; porém, somos conscientes também de que eles já atingiram certo
grau de maturidade, que os torna capazes de saber o que é útil ou inútil para
eles.
A gramática liga-se sempre à consciência do locutor. Auroux (1992)
divide o saber metalingüístico em três domínios: o primeiro domínio é o da
enunciação: o locutor tem que tornar sua fala adequada a uma determinada
realidade, como convencer alguém, representar o real, etc.; o segundo é o
domínio das línguas: compreensão da língua seja materna ou não; o terceiro é
domínio da escrita: capacidade de dominar técnicas e práticas codificadas.
Espontaneamente, aprendemos a falar nossa língua quotidiana,
falando. Mas há uma coisa que parece segura: que desde que exista
um sistema de escrita, para utilizá-lo é preciso aprendê-lo de modo
especial (AUROUX, 1992, p.25)
Segundo Auroux (1992)"A gramática, propriamente dita, só nasce mais
tarde, dois séculos antes da era Cristã, na atmosfera filológica da Escola de
Alexandria” Os gregos foram os primeiros que se dedicaram aos estudos
gramaticais.
Fonte: MONTEMÓR, Hilda Aparecida de Souza Melo. Vale a pena aprender gramática?: Representações de alunos da rede particular e da rede pública de ensino. Taubaté: Universidade de Taubaté, 2008.
aprender teoria gramatical. Nossa hipótese é que a idéia de que: “alunos não
consideram importante a teoria gramatical” não corresponde à verdade.
Saber o que pensam os alunos do ensino médio sobre o ensino da
língua portuguesa, a fim de verificar a importância dos conteúdos gramaticais
na vida prática destes jovens, pareceu-nos importante, uma vez que, como
educadores, estamos preocupados com a formação integral do aluno. E as
aulas de língua portuguesa muito contribuem para esta formação. Como bem
nos mostra Bechara (2005, p. 24):
... não é só através da aula de língua portuguesa que o aluno
chegará a esta cultura integral; todas as matérias que lhe são
ministradas concorrem para esse objetivo maior. Mas acreditamos
que é na aula de língua portuguesa que se abre maior espaço para
tais oportunidades. Ao entrar no mundo maravilhoso das informações
que veiculam os textos literários e não-literários, modernos e antigos,
terá o professor de língua materna a ocasião propícia para abrir os
limites de uma educação especificamente lingüística.
Sabemos que estes alunos do ensino médio não são especialistas da
língua, e talvez se torne difícil para eles opinar a respeito de um assunto tão
complexo; porém, somos conscientes também de que eles já atingiram certo
grau de maturidade, que os torna capazes de saber o que é útil ou inútil para
eles.
A gramática liga-se sempre à consciência do locutor. Auroux (1992)
divide o saber metalingüístico em três domínios: o primeiro domínio é o da
enunciação: o locutor tem que tornar sua fala adequada a uma determinada
realidade, como convencer alguém, representar o real, etc.; o segundo é o
domínio das línguas: compreensão da língua seja materna ou não; o terceiro é
domínio da escrita: capacidade de dominar técnicas e práticas codificadas.
Espontaneamente, aprendemos a falar nossa língua quotidiana,
falando. Mas há uma coisa que parece segura: que desde que exista
um sistema de escrita, para utilizá-lo é preciso aprendê-lo de modo
especial (AUROUX, 1992, p.25)
Segundo Auroux (1992)"A gramática, propriamente dita, só nasce mais
tarde, dois séculos antes da era Cristã, na atmosfera filológica da Escola de
Alexandria” Os gregos foram os primeiros que se dedicaram aos estudos
gramaticais.
Fonte: MONTEMÓR, Hilda Aparecida de Souza Melo. Vale a pena aprender gramática?: Representações de alunos da rede particular e da rede pública de ensino. Taubaté: Universidade de Taubaté, 2008.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Língua Portuguesa
Disse Evanildo Bechara em uma entrevista ao Jornal do Brasil, que o grande juiz da Linguagem é o uso. Então para o acompanhamento de tais usos da Linguagem temos os estudos lingüísticos. A Linguagem é considerada pelo gramático um instrumento de três pés. O primeiro pé: cultura, o segundo Língua e o terceiro é o texto. Para que a Linguagem seja bem utilizada implica-se conhecer o assunto a se falar, conhecer a Língua, para apresentar seu conhecimento sobre ele de modo linguisticamente adequado, e dominar a estrutura do texto, ou seja, é importantíssimo conhecer as três bases da Linguagem, pois privilegiar apenas uma delas não garante que o indivíduo saberá falar ou escrever.
A Lingüística pode agregar informações, conhecimentos inerentes à Língua, mesmo porque ela estuda suas variações, principalmente na oralidade, e à medida que os educandos forem descentralizando seus estudos em regras e normas apenas, e sim focarem de fato a Língua, em conjunto com suas normas e variações, poderão entender mais e melhor o funcionamento das unidades gramaticais.
Bechara ainda afirma que “o falante é que é pobre ou rico no uso que sabe fazer da Língua". Para o gramático a Língua não empobreceu sim a potencialidade dos falantes de Língua Portuguesa no Brasil, segundo ele o ideal seria transformar o falante em um poliglota dentro da própria Língua, habilitando-o a se expressar no maior número de possibilidades que esta apresenta.
Você conconda com isso?
Luana Abali
A Lingüística pode agregar informações, conhecimentos inerentes à Língua, mesmo porque ela estuda suas variações, principalmente na oralidade, e à medida que os educandos forem descentralizando seus estudos em regras e normas apenas, e sim focarem de fato a Língua, em conjunto com suas normas e variações, poderão entender mais e melhor o funcionamento das unidades gramaticais.
Bechara ainda afirma que “o falante é que é pobre ou rico no uso que sabe fazer da Língua". Para o gramático a Língua não empobreceu sim a potencialidade dos falantes de Língua Portuguesa no Brasil, segundo ele o ideal seria transformar o falante em um poliglota dentro da própria Língua, habilitando-o a se expressar no maior número de possibilidades que esta apresenta.
Você conconda com isso?
Luana Abali
terça-feira, 2 de junho de 2009
A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE
" A rigor a linguagem escrita não passa de um sucedâneo, de um ersatz da fala. Esta é que abrange a comunicação lingüística em sua totalidade, pressupondo, além da significação dos vocábulos e das frases, o timbre da voz, a entonação, os elementos subsidiários da mímica, incluindo-se aí o jogo fisionômico. Por isso, para bem se compreender a natureza e o funcionamento da linguagem oral e examinar em seguida a escrita como uma espécie de linguagem mutilada, cuja eficiência depende da maneira por que conseguimos obviar à falta inevitável de determinados elementos expressivos." (CÂMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral e escrita. Petrópolis: Vozes, 1986)
De acordo com Mattoso Câmara, o tom de voz, os gestos, a mímica do indivíduo falante são partes fundamentais na Linguagem, pois complementam o que este quer expressar em sua comunicação, e ainda afirma também que a escrita sucede à fala, conforme abordado. Segundo o autor, esses recursos expressivos colaboram para a valorização de determinadas palavras, deixando-as mais precisas, indiciando o receptor a como receber do expositor, de forma a revelar uma gama de sentimentos deste em referência ao que diz. Sendo de tal importância na Linguagem que, na língua escrita, onde eles não podem figurar, temos de recriá-los na leitura mesmo mental, para podermos apreciar e até compreender o texto. Como a leitura em voz alta na escola, usada geralmente no ensino fundamental, que tem principalmente como finalidade dar-nos a capacidade de espontaneamente emprestar o tom adequado às palavras escritas que temos diante de nós e sem o qual elas ficam, de acordo com Mattoso Câmara, mutiladas.
Outro exemplo, e este contemporâneo são as aulas “on-line”, disciplinas trabalhadas através da internet. Quem imaginava vinte anos atrás que isso seria possível? Hoje é real, mas se perguntarmos aos alunos e professores, com certeza dirão que é uma grande diferença uma aula toda lida apenas pelos alunos, e escrita pelos professores, o relacionamento do ensino aprendizagem fica virtual também, e toda a composição de um docente ao explicar oralmente seu conteúdo e o aprendiz ouvir e ver toda a expressão do professor e esse a do aluno, mutilando o relacionamento real de professor aluno, concordando com Mattoso. Então a oralidade não é importante?
O que você tem a dizer?
Luana Abali
De acordo com Mattoso Câmara, o tom de voz, os gestos, a mímica do indivíduo falante são partes fundamentais na Linguagem, pois complementam o que este quer expressar em sua comunicação, e ainda afirma também que a escrita sucede à fala, conforme abordado. Segundo o autor, esses recursos expressivos colaboram para a valorização de determinadas palavras, deixando-as mais precisas, indiciando o receptor a como receber do expositor, de forma a revelar uma gama de sentimentos deste em referência ao que diz. Sendo de tal importância na Linguagem que, na língua escrita, onde eles não podem figurar, temos de recriá-los na leitura mesmo mental, para podermos apreciar e até compreender o texto. Como a leitura em voz alta na escola, usada geralmente no ensino fundamental, que tem principalmente como finalidade dar-nos a capacidade de espontaneamente emprestar o tom adequado às palavras escritas que temos diante de nós e sem o qual elas ficam, de acordo com Mattoso Câmara, mutiladas.
Outro exemplo, e este contemporâneo são as aulas “on-line”, disciplinas trabalhadas através da internet. Quem imaginava vinte anos atrás que isso seria possível? Hoje é real, mas se perguntarmos aos alunos e professores, com certeza dirão que é uma grande diferença uma aula toda lida apenas pelos alunos, e escrita pelos professores, o relacionamento do ensino aprendizagem fica virtual também, e toda a composição de um docente ao explicar oralmente seu conteúdo e o aprendiz ouvir e ver toda a expressão do professor e esse a do aluno, mutilando o relacionamento real de professor aluno, concordando com Mattoso. Então a oralidade não é importante?
O que você tem a dizer?
Luana Abali
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Lei de tradução da língua
Nada de "sale", "off" ou "delivery". Desde ontem, as peças publicitárias no Rio só podem usar palavras estrangeiras se tiverem a tradução --"liquidação", "desconto" e "entrega em domicílio", respectivamente, nos exemplos citados--, em letras do mesmo tamanho.
Quem desrespeitar a lei estará sujeito a uma multa de R$ 5.000. Na primeira reincidência, o valor será dobrado; na segunda, o alvará da empresa será suspenso.
Rafael Hupsel/Folha Imagem
Lei sancionada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), obriga tradução de palavras estrangeiras em publicidade
O vereador Roberto Monteiro (PC do B) propôs a lei em 2007. Aprovada em abril passado, foi sancionada anteontem pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB).
O vereador afirma que quis "preservar a cultura do país e facilitar a compreensão das propagandas por quem não conhece outros idiomas além do português".
Segundo o vereador, a fiscalização deverá ser definida pela prefeitura. Procurada pela Folha, a assessoria do prefeito não se manifestou.
Para Flávio Medeiros, presidente do Clube de Criação do Rio, que reúne profissionais da publicidade, a lei é "conservadora". "Mas não é isso que vai tornar as peças publicitárias menos criativas."
(Fonte: Folha Online)
Quem desrespeitar a lei estará sujeito a uma multa de R$ 5.000. Na primeira reincidência, o valor será dobrado; na segunda, o alvará da empresa será suspenso.
Rafael Hupsel/Folha Imagem
Lei sancionada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), obriga tradução de palavras estrangeiras em publicidade
O vereador Roberto Monteiro (PC do B) propôs a lei em 2007. Aprovada em abril passado, foi sancionada anteontem pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB).
O vereador afirma que quis "preservar a cultura do país e facilitar a compreensão das propagandas por quem não conhece outros idiomas além do português".
Segundo o vereador, a fiscalização deverá ser definida pela prefeitura. Procurada pela Folha, a assessoria do prefeito não se manifestou.
Para Flávio Medeiros, presidente do Clube de Criação do Rio, que reúne profissionais da publicidade, a lei é "conservadora". "Mas não é isso que vai tornar as peças publicitárias menos criativas."
(Fonte: Folha Online)
terça-feira, 26 de maio de 2009
A nossa língua viajando...
O ensino da língua portuguesa será opção no ensino oficial a partir do próximo ano letivo, afirmou, em Caracas, o vice-chanceler luso Antonio Braga.
Em diversas oportunidades, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, manifestou interesse em que a língua portuguesa fosse incluída no sistema oficial venezuelano. O idioma português chegou a aparecer como uma opção para o corrente ano letivo no "curriculum bolivariano" que não foi aplicado na prática.
"Há uma iniciativa do Ministério de Educação, na Venezuela, e das universidades, portanto um processo que corre os seus termos normalmente", disse Braga.
Preocupações
As declarações do vice-ministro luso das Relações Exteriores foram feitas no final de uma reunião com professores de português na Venezuela.
"Há uma nova ambição em fazer projetar, aqui na Venezuela, uma rede de ensino que responda à procura da comunidade portuguesa e também à necessidade de formação de professores. O português será, a partir do próximo ano, uma língua de opção no sistema educativo", ressaltou.
"Uma das matérias que mais preocupa os professores é a questão dos manuais escolares, pela dificuldade em adquiri-los, pela dificuldade em poder proporcionar uma aprendizagem com repercussão direta", acrescentou.
Sobre os manuais, disse que este é um assunto que será tratado por uma "delegação do Instituto Camões, a embaixada e os consulados", que ficam responsáveis por "encontrar uma solução tendo em vista também as dificuldades do câmbio".
Questionado sobre a importância do Brasil na América Latina e no ensino do português, Antonio Braga ressaltou que "o Brasil tem igualmente a mesma responsabilidade que Portugal em defender a língua portuguesa".
"Evidentemente que, aqui na Venezuela, Portugal sente essa responsabilidade muito forte, uma vez que temos aqui uma comunidade portuguesa extraordinariamente numerosa e qualificada", afirmou.
(Fonte:Folha Online)
Em diversas oportunidades, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, manifestou interesse em que a língua portuguesa fosse incluída no sistema oficial venezuelano. O idioma português chegou a aparecer como uma opção para o corrente ano letivo no "curriculum bolivariano" que não foi aplicado na prática.
"Há uma iniciativa do Ministério de Educação, na Venezuela, e das universidades, portanto um processo que corre os seus termos normalmente", disse Braga.
Preocupações
As declarações do vice-ministro luso das Relações Exteriores foram feitas no final de uma reunião com professores de português na Venezuela.
"Há uma nova ambição em fazer projetar, aqui na Venezuela, uma rede de ensino que responda à procura da comunidade portuguesa e também à necessidade de formação de professores. O português será, a partir do próximo ano, uma língua de opção no sistema educativo", ressaltou.
"Uma das matérias que mais preocupa os professores é a questão dos manuais escolares, pela dificuldade em adquiri-los, pela dificuldade em poder proporcionar uma aprendizagem com repercussão direta", acrescentou.
Sobre os manuais, disse que este é um assunto que será tratado por uma "delegação do Instituto Camões, a embaixada e os consulados", que ficam responsáveis por "encontrar uma solução tendo em vista também as dificuldades do câmbio".
Questionado sobre a importância do Brasil na América Latina e no ensino do português, Antonio Braga ressaltou que "o Brasil tem igualmente a mesma responsabilidade que Portugal em defender a língua portuguesa".
"Evidentemente que, aqui na Venezuela, Portugal sente essa responsabilidade muito forte, uma vez que temos aqui uma comunidade portuguesa extraordinariamente numerosa e qualificada", afirmou.
(Fonte:Folha Online)
Língua Viva.
A LINGUA VIVA
Na definição de nação o aspecto “Linguagem” tem posição fundamental: caracterizando e dando base para a unidade de um povo de um lugar, a Língua é a base da Cultura. Por isso mesmo torna-se instrumento de uma política colonialista, desenvolvida hoje pelo imperialismo estadunidense, de forma semelhante a como foi utilizada no Império Romano. Da mesma forma as lutas sociais libertárias tem encontrado nas línguas nacionais uma certa medida de dificuldade para implementação de um internacionalismo de baixo para cima. Iniciativas como o desenvolvimento de uma Língua Universal, como foi a proposta do Esperanto, buscavam superar essa dificuldade. Da mesma forma como através de uma linguagem universalmente aceita, e não imposta pela força militar ou econômica, se criaria uma trincheira cultural anti-imperialista. O problema é uma certa artificialidade, que dificulta sua ampla difusão, já que o importante é que seja uma língua das ruas, que esteja na boca do povo – como uma língua viva.
Nova Lei da Leitura e da Literatura. Você já sabia?
LEI N.º 11899, DE 8 DE JANEIRO DE 2009.
Institui o Dia Nacional da Leitura e a Semana Nacional da Leitura e da Literatura.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1.º São instituídos o Dia Nacional da Leitura e a Semana Nacional da Leitura e da Literatura, a serem anualmente celebrados, em todo o território nacional.
§ 1.º O Dia Nacional da Leitura será comemorado em 12 de outubro.
§ 2.º A Semana Nacional da Leitura e da Literatura será aquela em que recair o Dia Nacional da Leitura, nos termos do § 1o deste artigo.
Art. 2.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 8 de janeiro de 2009; 188.º da Independência e 121.º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Roberto Gomes do Nascimento
Institui o Dia Nacional da Leitura e a Semana Nacional da Leitura e da Literatura.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1.º São instituídos o Dia Nacional da Leitura e a Semana Nacional da Leitura e da Literatura, a serem anualmente celebrados, em todo o território nacional.
§ 1.º O Dia Nacional da Leitura será comemorado em 12 de outubro.
§ 2.º A Semana Nacional da Leitura e da Literatura será aquela em que recair o Dia Nacional da Leitura, nos termos do § 1o deste artigo.
Art. 2.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 8 de janeiro de 2009; 188.º da Independência e 121.º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Roberto Gomes do Nascimento
sexta-feira, 8 de maio de 2009
O que você entende?
Podemos observar nestes quadrinhos uma linguagem diferenciada, nos quais temos um texto que também nos emite uma mensagem, com o auxílio das imagens, e essas até "falam" mais que as palavras. Daí partiu da questão que a língua tem vida por não ser estaguinada, restrita a uma única forma, pois até o pensamento, sabemos desenvolve-se em uma língua, a língua nativa do indivíduo.
Deixe sua reflexão e/ ou observação sobre esta postagem!
Língua falada e língua escrita.
Para o estudo lingüístico, a comunicação verbal é anterior à escrita, sendo assim, a fala é basilar na linguagem, a primeira etapa desta.Pode-se dizer que a escrita é totalmente secundária à fala, então porque os estudos científicos enfatizam a comunicação escrita?
Podemos afirmar que a língua falada é inegavelmente mais variável e variada do que a escrita, pois esta se limita às formas, normas e regras das gramáticas, assim tornam-se menos trabalhosos seus estudos já que sua estrutura é baseada no que produzem os falantes da língua. Para Chomsky, a criatividade humana para a linguagem é surpreendente, sendo a gramática uma ferramenta de reflexão da capacidade que tem todos quanto falam fluentemente uma língua, produzindo e compreendendo sentenças que não ouviram anteriormente. Desta forma a teoria lingüística preocupa-se com a justificação das gramáticas e não desvalorizando sua importância. Mesmo assim o lingüista afirma que as gramáticas têm um estado finito, mas estas são capazes de gerar infinito conjunto de sentenças, por meio de um número finito de regras recursivas, operando sobre um vocabulário finito. Por esses e outros argumentos que a língua tem sido estudada em todas as suas possibilidades.
É possível perceber que a língua tem suas formas criadas por nós mesmos. Usamos necessariamente a língua padronizando ao estilo culto, em particular quando escrita, é tradicional, de certo modo uma língua especial, porém segundo Celso Cunha escreve que se esta se afasta da língua viva, a usada para comunicação verbal, se não se renova com as criações do falar corrente, não teria utilidade a normalização ou estilização, pois assim atinge diretamente seu funcionamento ficando estratificada, seguindo para a morte “letárgica” do idioma. Entretanto os brasileiros podem usufruir o direito de aumentar e enriquecer a língua portuguesa e de acomodá-la às suas necessidades, adaptando-as para a contínua melhoria da comunicação, sendo lexical ou sintaticamente, para expressar hoje as idéias do século, os sentimentos desta civilização, criando assim novo jeito às frases de antigamente. Para isso o importante pólo da variedade, que corresponde à expressão individual, é indispensável para que tenhamos garantia da intercompreesão, pois a linguagem expressa também o ambiente social e nacional, obedecendo a uma norma que é simultaneamente histórica e sincrônica.
A língua portuguesa falada no Brasil possui variedades lingüísticas bem interessantes, que afetam questões fonéticas e semânticas. Principalmente as diferenças entre cidades de um mesmo estado brasileiro, são impressionantes. Como a pronúncia de diversas palavras proferidas em Campos dos Goitacazes, por exemplo, que é uma cidade do estado do Rio de Janeiro, seus habitantes têm um modo de falar totalmente diferente dos habitantes da cidade Rio de Janeiro, a pronúncia o “s” é bem diferente, os campistas se aproximam foneticamente dos mineiros, o jeito de se expressarem, de dizerem as frases, palavras homógrafas com significados diferentes nas regiões, por aí vemos como a comunicação se faz viva pelos falantes, estes a fazem em concordância com suas realidades e necessidades, isso sem adentrarmos em tais diferenças.
Observando essas idéias, podemos afirmar que a língua falada e a língua escrita são instrumentos de nossa comunidade linguística, do nosso idioma, a língua portuguesa que é o código maior com outros subcódigos na comunicação recíproca, se compondo de vários sistemas simultâneos, estes por sua vez com funções diferentes e de mesma importância. Língua falada, escrita, são sistemas, formas ideais de realização para cada indivíduo, admitindo variadas normas dentro da realidade de vida dos mesmos. Contudo a língua falada é a precursora do sistema lingüístico de qualquer língua, antecedendo a escrita, sendo esta sucessora, porém não de menor ou maior importância, ambas representantes da comunicação e identidade humana de uma sociedade. Lembrando também que a lingüística procura justificar a escrita através da linguagem, atribuindo um valor a língua falada que não se atribuía nos estudos de âmbito lingüístico. Assim sendo, a linguística acopla o estudo de outro sistema lingüístico, enriquecendo, agregando outro “olhar” para o conjunto de sistemas da língua, que fora limitado aos estudos, durante muitos anos a um único sistema: a língua escrita, já não era hora da oralidade ser minuciosamente "olhada".
Luana Abali.
Podemos afirmar que a língua falada é inegavelmente mais variável e variada do que a escrita, pois esta se limita às formas, normas e regras das gramáticas, assim tornam-se menos trabalhosos seus estudos já que sua estrutura é baseada no que produzem os falantes da língua. Para Chomsky, a criatividade humana para a linguagem é surpreendente, sendo a gramática uma ferramenta de reflexão da capacidade que tem todos quanto falam fluentemente uma língua, produzindo e compreendendo sentenças que não ouviram anteriormente. Desta forma a teoria lingüística preocupa-se com a justificação das gramáticas e não desvalorizando sua importância. Mesmo assim o lingüista afirma que as gramáticas têm um estado finito, mas estas são capazes de gerar infinito conjunto de sentenças, por meio de um número finito de regras recursivas, operando sobre um vocabulário finito. Por esses e outros argumentos que a língua tem sido estudada em todas as suas possibilidades.
É possível perceber que a língua tem suas formas criadas por nós mesmos. Usamos necessariamente a língua padronizando ao estilo culto, em particular quando escrita, é tradicional, de certo modo uma língua especial, porém segundo Celso Cunha escreve que se esta se afasta da língua viva, a usada para comunicação verbal, se não se renova com as criações do falar corrente, não teria utilidade a normalização ou estilização, pois assim atinge diretamente seu funcionamento ficando estratificada, seguindo para a morte “letárgica” do idioma. Entretanto os brasileiros podem usufruir o direito de aumentar e enriquecer a língua portuguesa e de acomodá-la às suas necessidades, adaptando-as para a contínua melhoria da comunicação, sendo lexical ou sintaticamente, para expressar hoje as idéias do século, os sentimentos desta civilização, criando assim novo jeito às frases de antigamente. Para isso o importante pólo da variedade, que corresponde à expressão individual, é indispensável para que tenhamos garantia da intercompreesão, pois a linguagem expressa também o ambiente social e nacional, obedecendo a uma norma que é simultaneamente histórica e sincrônica.
A língua portuguesa falada no Brasil possui variedades lingüísticas bem interessantes, que afetam questões fonéticas e semânticas. Principalmente as diferenças entre cidades de um mesmo estado brasileiro, são impressionantes. Como a pronúncia de diversas palavras proferidas em Campos dos Goitacazes, por exemplo, que é uma cidade do estado do Rio de Janeiro, seus habitantes têm um modo de falar totalmente diferente dos habitantes da cidade Rio de Janeiro, a pronúncia o “s” é bem diferente, os campistas se aproximam foneticamente dos mineiros, o jeito de se expressarem, de dizerem as frases, palavras homógrafas com significados diferentes nas regiões, por aí vemos como a comunicação se faz viva pelos falantes, estes a fazem em concordância com suas realidades e necessidades, isso sem adentrarmos em tais diferenças.
Observando essas idéias, podemos afirmar que a língua falada e a língua escrita são instrumentos de nossa comunidade linguística, do nosso idioma, a língua portuguesa que é o código maior com outros subcódigos na comunicação recíproca, se compondo de vários sistemas simultâneos, estes por sua vez com funções diferentes e de mesma importância. Língua falada, escrita, são sistemas, formas ideais de realização para cada indivíduo, admitindo variadas normas dentro da realidade de vida dos mesmos. Contudo a língua falada é a precursora do sistema lingüístico de qualquer língua, antecedendo a escrita, sendo esta sucessora, porém não de menor ou maior importância, ambas representantes da comunicação e identidade humana de uma sociedade. Lembrando também que a lingüística procura justificar a escrita através da linguagem, atribuindo um valor a língua falada que não se atribuía nos estudos de âmbito lingüístico. Assim sendo, a linguística acopla o estudo de outro sistema lingüístico, enriquecendo, agregando outro “olhar” para o conjunto de sistemas da língua, que fora limitado aos estudos, durante muitos anos a um único sistema: a língua escrita, já não era hora da oralidade ser minuciosamente "olhada".
Luana Abali.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
"O que quer, o que pode esta língua?"
"O que quer, o que pode esta língua?"
A língua, especificamente a Língua Portuguesa, tem sua história pautada em conquistas e fragmentação, pois foi herança do latim propagado por Roma em suas conquistas territoriais e por serem em demasia, não fora possível a Roma conter tantos povos sob sua liderança. Vários países conseguiram se libertar, mas claro, não mais os mesmos, depois de “colonizados”, retendo um pouco da cultura do colonizador. De certo após várias línguas neolatinas no processo de fragmentação do poder romano, quase no fim dos surgimentos, a Língua Portuguesa passa a existir.
O poder que há na língua é notório, pois todas as conquistas históricas, imposição cultural é a partir dela. Sem a língua não poderiam os Portugueses aculturar os índios, os africanos, nem os ingleses poderiam ter explorado tanto países africanos. Através da língua nações perderam suas identidades, suas origens, por isso já se pode perceber a capacidade que há no uso da língua, mas será que apenas para isso a língua tem poder?
Justamente desse questionamento pode-se pensar num antigo ditado popular: “Querer é poder”, se analisarmos o querer vem antes do poder, logo se conclui que para existir a possibilidade de chegar a um objetivo, sentimos primeiro o desejo de possuí-lo, e é um raciocínio lógico. Os portugueses quiseram encontrar e conquistar novas terras e povos, enriquecer, assim também vários outros países, França, Inglaterra, Holanda, etc. Quiseram e puderam, fizeram aquilo que almejavam. Contudo, quem determina o querer para o poder de uma língua, de uma nação, é a própria nação, povo, ou ainda, a liderança destes. No contexto social de hoje, século 21, o que quer o povo, geralmente não se quer a liderança, os representantes desse povo, seus interesses são diferentes ou iguais, pensam em seu bem estar, deixando a solidariedade fora deste processo.
A língua faz parte da identidade de uma sociedade, pois através dela existe uma melhor comunicação e transmissão de pensamentos e idéias que podem chegar ao lugar que se projeta como alvo. Sabemos que o que pode esta língua, é o que “ela” quer na verdade, a língua propriamente não, mas quem é representado por ela, pode aquilo que lhe é desejado, a meta a ser buscada, e essa não é construída sozinha, necessita de quem faz uso desta língua portuguesa, venha saber usá-la para que este poder possa contribuir para o fim se quer para a mesma.
Luana Abali
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Mudanças são necessárias...
Estas são algumas Pérolas do ENEM
Estes erros não devem ser usados para nos fazer rir, mas refletir sobre o que e como estamos ensinando e aprendendo, no que se refere a leitura e escrita, em sala de aula!
"O nosso am biente ele estava muito estragado e muito poluido por causa que, os outros não zelam pelo ar puro." (Esse deve lembrar disso sempre que está no Show do Planet Hemp)
"O serumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias."
"Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais." (Leia a Bíblia...)
"...agir de maneira inesperável." (Háaa gente! Esse foi por pouco né?)
"...eles matam não somente aves mas também os desmatamentos de animais também precisam acabar."
"morrem queimados e asfixiciados." (Esse é um jumento, mas tem coração!)
"Hoje endia a natureza..." (Pelo menos ele não usou m, e sim n, porque m só antes de p e b, não é mesmo? Muito bem!)
"No paíz enque vivemos, os problemas cerrevelam..." (Outro erro acertado, ele usou 2 erres! Muito bem!)
"...menos desmatamentos, mais florestas aborizadas." (Concordo! De florestas não arborizadas, basta o sertão nordestino!)
"...provocando assim a desolação de grandes expécies raras." (Voces não sabiam que os animais também tem depressão? Quanto ao resto, não tem como justificar!)
"O que é de interesse de todos nem sempre interessa a ningém individualmente." (queria tanto entender o sentido dessa aqui...)
"A natureza foi descoberta pelos homens há 500 anos atrás. (chegou com Cabral, talvez?)
"A natureza brasileira só tem 500 anos e já está quase se acabando." (Foi trazida nas caravelas, certo?)
"Eles querem que nós nos matemos por eles a única solução é alugar o Brasil para os outros." (este ouviu Raul Seixas e entendeu tudo errado)
"Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele." (faz sentido...)
"Nos dias atuais a educação está muito precoce." (Que bom né?)
"O maior problema da floresta Amazonas é o desmatamento dos peixes." (Será que a Química pode me explicar como isso ocorre?)
"O desenvolvimento trás grandes lados positivos e negativos para o meio ambiente." (Onde está o erro?)
"Nesta terra ensi plantando tudo dá." (Em Portugal deve se escrever desse jeito!)
"Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos." (GENTE!!!!! essa é a minha frase favorita: merece 10 com louvor!)
"Existem dois tipos de animais: os que vivem em cativeiro e os que não vivem. Ultimamente,
surgiram um terceiro tipo que corresponde aqueles os que são presos pela polícia federal.
Todos os fiscais são subordinados. É a propina." (O autor desta frase deve ser do terceiro tipo.)
"Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado." (Qual será o fabricante? IBM, apple, unisis...)
"Ultimamente não se fala em outro assunto anonser sobre..."
"Os araras azuis ficavam sobe vuando a mata."
"...são formados pelas bacias esferográficas." ( NÃO!!!! Essa é a minha favorita!!!! Imaginem as bacias da BIC...)
"Os animais acabam sem água para beber e para tomar banho."
"O direito humano para mim tinha que ser igual para todos."
terça-feira, 7 de abril de 2009
Língua. (Caetano Veloso)
Língua
Caetano Veloso
Gosta de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
“Minha pátria é minha língua”
Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo
Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E – xeque-mate – explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Lobo do lobo do lobo do homem
Adoro nomes Nomes em ã
De coisas como rã e ímã
Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé e
Maria da Fé
Flor do Lácio Sambódromo
Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Se você tem uma ideia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo
A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futuraSamba-rap, chic-left com banana
(– Será que ele está no Pão de Açúcar?
– Tá craude brô– Você e tu– Lhe amo– Qué queu te faço, nego?
– Bote ligeiro!– Ma'de brinquinho, Ricardo!?
Teu tio vai ficar desesperado!
– Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho!
– I like to spend some time in Mozambique– Arigatô, arigatô!)
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem.
Caetano Veloso
Gosta de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
“Minha pátria é minha língua”
Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo
Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E – xeque-mate – explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Lobo do lobo do lobo do homem
Adoro nomes Nomes em ã
De coisas como rã e ímã
Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé e
Maria da Fé
Flor do Lácio Sambódromo
Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Se você tem uma ideia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo
A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futuraSamba-rap, chic-left com banana
(– Será que ele está no Pão de Açúcar?
– Tá craude brô– Você e tu– Lhe amo– Qué queu te faço, nego?
– Bote ligeiro!– Ma'de brinquinho, Ricardo!?
Teu tio vai ficar desesperado!
– Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho!
– I like to spend some time in Mozambique– Arigatô, arigatô!)
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem.
Podemos observar e refletir através desta canção de Caetano, como a língua tem história e como é fundamental nos contextos sociais e culturais no Brasil, o compositor brinca com as palavras e seus significados, a ambiguidade dos termos e usando paródias na canção.
Contribua com seu comentário, enriquecendo, completando o seu espaço!
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Reflita...
quinta-feira, 2 de abril de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
Português...
O português é conhecido como "A língua de Camões" (em homenagem a Luís Vaz de Camões, escritor português, autor de Os Lusíadas), "A última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".
Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde as costas Africanas até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes além de Portugal, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Paraguai, Namíbia, Suíça e África do Sul. Encontram-se, também, numerosas comunidades de emigrantes, em várias cidades em todo o mundo, onde se fala o português como Paris na França; Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá; Boston, New Jersey e Miami nos EUA e Nagoya e Hamamatsu no Japão.
O português é conhecido como "A língua de Camões" (em homenagem a Luís Vaz de Camões, escritor português, autor de Os Lusíadas), "A última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".
Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde as costas Africanas até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes além de Portugal, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Paraguai, Namíbia, Suíça e África do Sul. Encontram-se, também, numerosas comunidades de emigrantes, em várias cidades em todo o mundo, onde se fala o português como Paris na França; Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá; Boston, New Jersey e Miami nos EUA e Nagoya e Hamamatsu no Japão.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Língua Viva
Bem vindo à Língua Viva!
Aqui poderemos refletir sobre o movimento que a língua portuguesa tem no universo da linguagem, da comunicação.
Entre nesta viagem!
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